Coligação de Marcus acusa Bocalom de cometer crime eleitoral em reunião com comissionados e terceirizados

O advogado Odilardo Marques, da coligação do candidato a prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre (MDB), informou ao ac24horas nesta quarta-feira (18) que entrará com representações contra o prefeito e candidato à reeleição, Tião Bocalom (PL), por, com o auxílio da máquina pública do governo do Estado, convocar reuniões políticas com servidores terceirizados e comissionados em horário de expediente.


De acordo com Odilardo, em uma reunião que aconteceu na manhã desta quarta-feira (18) em um galpão no Distrito Industrial, estavam cargos comissionados e terceirizados da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia – SEICT. O advogado pede a apuração da Justiça Eleitoral porque, segundo informações que chegaram até ele, todo o movimento foi proporcionado pelo secretário da pasta, Assurbanípal Mesquita.


“A informação que eu tenho é de que a reunião foi convocada pelo secretário Assur para comissionados e terceirizados. A gente fez a denúncia formal no Pardal. Isso não pode acontecer. Se o Marcus Alexandre quisesse convocar uma reunião com funcionários terceirizados ele também não poderia em horário de trabalho, porque em horário de trabalho todo mundo é servidor, é a mesma regra pra todo mundo. Quem é terceirizado, em horário de expediente tem que estar à disposição do ente público”, disse Odilardo.


Abuso de poder político e econômico escancarado pela chapa do Boca e do Alysson nas repartições públicas, como foi noticiado hoje na imprensa a reunião realizada no Parque Industrial com funcionários da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia – SEICT, em pleno horário de expediente. Pessoas estão sendo obrigadas a participar de reuniões, de eventos, um verdadeiro absurdo, nitidamente crime eleitoral, espero que o TRE tome as devidas providências.



Diante disso, a coligação Bora Rio Branco, de Marcus Alexandre, entrará com duas representações. São elas; a representação por conduta vedada, que pode gerar multa eleitoral de R$ 20 mil a R$ 100 mil; e a representação de pedido de investigação judicial que pede a cassação da eventual diplomação. A primeira, segundo Edilardo, será feita amanhã (19), enquanto a segunda reunirá outros fatos e deverá ser apresentada até o dia da eleição.


O secretário de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia – SEICT, Assurbanípal Mesquita, confirmou que houve uma reunião no Distrito Industrial com a presença de Tião Bocalom e de funcionários de empresas terceirizadas, mas afirmou que esta reunião ocorreu antes do horário de expediente. “Isso não existe, ninguém levou servidor da secretaria para o Distrito Industrial. Eu sou agente político, participei de uma reunião hoje por volta de 6h, 7h, com funcionários de empresas, de forma legal e sem o uso da estrutura da secretaria. O expediente nosso começa 7h30min, 8h”, afirmou.


A assessoria de campanha de Bocalom, no mesmo sentido de Assurbanípal, disse que a reunião no Distrito Industrial ocorreu antes do horário de expediente, muito embora na agenda do candidato divulgada aos veículos de imprensa, o compromisso estivesse marcado para 8h, o que pode ser considerado uma prova.


Ao comentar o assunto nas redes sociais, Marcus Alexandre disse que as ações do seu adversário ultrapassaram todos os limites. “Já passou do limite o que tá acontecendo nessa campanha. Espero que a Justiça Eleitoral faça a parte dela. Já demitiram servidores terceirizados, tanto do governo quanto da prefeitura, tiraram gratificação porque participaram de uma reunião. Agora estão obrigando servidores a colocar adesivo no carro e o cúmulo aconteceu hoje de manhã, tirando servidores em horário de expediente para participar de reunião com o prefeito. Estamos fazendo denúncia, mas a justiça precisa ser mais ágil, porque se não daqui a pouco a eleição acaba e fica tudo no esquecimento”, declarou.



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