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Chacina no Taquari: acusados serão ouvidos em outubro durante audiência de instrução

Seis foram assassinados em um casa no Taquari em 2023 — Foto: Reprodução

Quatro acusados por uma chacina que deixou seis mortos no bairro Taquari, em Rio Branco, em novembro do ano passado serão ouvidos durante audiência de instrução marcada para o dia 17 de outubro pela Justiça do Acre, pouco mais de 11 meses após o crime.


De acordo com decisão assinada pelo juiz de Direito Robson Aleixo, serão ouvidos os seguintes réus:


  • • Davidesson da Silva Oliveira, vulgo Escopetinha
  • • Denilson Araújo da Silva, vulgo Jabá
  • • Tony da Costa Matos, vulgo Tony Barroca
  • • José Weverton Nascimento da Rosa, vulgo Raridade

 


Ainda segundo o magistrado, os autos relacionados ao réu Ronivaldo da Silva Gomes, vulgo Roni, foram desmembrados.


Em janeiro deste ano, a Justiça do Acre aceitou denúncia contra os cinco suspeitos apontados como responsáveis pela ação. A decisão, assinada pelo juiz de Direito Danniel Bomfim, tornou o grupo réu por homicídio por motivo torpe e organização criminosa.


Cinco mortos

 


Na noite do dia 3 de novembro, seis pessoas foram mortas em uma casa na Rua Morada do Sol, bairro Taquari. A polícia foi acionada por meio do Centro de Operações Policiais Militares (Copom). Ao chegar no bairro, ninguém quis falar, mas os agentes viram um jovem de 18 anos sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após ser atingido a tiros.


Quando colhiam informações, foram avisados por um homem na garupa de uma moto que criminosos armados tinham invadido uma casa. Ao chegar no local, a polícia encontrou o primeiro corpo e depois os outros cinco.


“Ao chegar na casa descrita, que estava com a porta da frente trancada, foi possível ver pela janela um corpo. Ao adentrar a casa pela porta dos fundos que estava aberta, foram encontrados mais cinco corpos, muitas cápsulas de munição espalhadas pela casa e alguns corpos vestidos com balaclava e com coldres externos. também foram encontrados três carregadores de pistola com munições e uma arma de fogo fabricação caseira”, relata a ocorrência.


As vítimas da chacina são:


  • • Valdei das Graças Batista dos Santos, de 31 anos;
  • • Adegilson Ferreira da Silva, de 38 anos;
  • • Luan dos Santos de Oliveira, de 18 anos;
  • • Sebastião Ytalo Nascimento de Carvalho, de 18 anos;
  • • Tailan Dias da Silva, de 17 anos;
  • • Weverton Araujo da Silva, sem idade revelada.

 


De acordo com a denúncia aceita pela Justiça, o crime ocorreu por volta das 19h45 do dia 3 de novembro. Naquela data, Gomes, Silva, Matos e Rosa montaram uma emboscada para surpreender as vítimas. O plano foi executado, segundo a denúncia, a mando de Oliveira, que também forneceu armas.


À época do crime, Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) falou que a ação foi motivada pela guerra de facções, que disputam território na capital. O coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Alcino Junior, também confirmou que uma das vítimas era parente de um dos presos mortos na rebelião que aconteceu no presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro em julho deste ano.


“Uma pessoa do Taquari era filha de uma liderança. Essa pessoa estava com outros membros, o que acabou gerando um ataque pela facção rival e, dentro desse contexto, eles também, armados, que já estavam dentro da casa, acabaram efetuando um contra-ataque. Então, em um ambiente com seis mortos, quatro a gente entende que seria dessa facção que foi cometer a execução e dois da facção local, que atua no bairro”, explica o delegado.


Fonte: G1 Acre


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