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Acre tem mais de 95 mil hectares de área plantada, chegando a 738,9 milhões de valor

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Foto: Diego Gurgel/Secom

O Acre teve um crescimento de 9,3% do valor de produção agrícola, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fazem parte da Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2023. No levantamento, 25 culturas temporárias e permanentes foram investigadas e responderam por um incremento de 5,7% de área colhida – totalizando 95.060 hectares – e incremento de 9,3% no valor da produção – totalizando R$ 738,9 milhões.


As culturas temporárias, conhecidas como culturas anuais, responderam por 77% do valor da produção e as culturas permanentes, 23%. Dentre as culturas, cinco delas responderam por 88% do valor da produção: mandioca, milho (em grão), banana, soja (em grão) e café (em grão), chegando a R$ 649,8 milhões.


Dentre os municípios, os cinco com maior valor da produção são: Plácido de Castro (9,5%, sendo o principal produto soja); Senador Guiomard (8,3%, principal produto milho); Capixaba (8%, principal produto soja), Rio Branco (7,7%, principal produto milho) e Acrelândia (7,6%, principal produto banana).


Dados mostram valores de produção no estado. Foto: José Caminha/Secom

 

Índices de cada produto

A cultura da mandioca obteve uma expansão do valor da produção em 21%, totalizando R$ 243,5 milhões, com produção de 496.716 toneladas, sendo os 5 maiores municípios produtores Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.


Já a cultura do milho apresentou retração do valor da produção em 17%, totalizando R$ 164,1 milhões com produção de 139.065 toneladas. Segundo o IBGE, “a retração ocorreu devido à pressão nos preços locais para baixo, em decorrência de uma elevada produção nacional de milho, ancorada em bons níveis de produtividade”.


Os cinco maiores municípios produtores são: Senador Guiomard, Plácido de Castro, Capixaba, Rio Branco e Xapuri.


A cultura da banana apresentou expansão do valor da produção em 23%, totalizando R$ 114,4 milhões com produção de 80.527 toneladas. “A expansão é explicada pelo aumento do preço médio ao produtor, mantendo uma produção estável”, destaca o relatório. Os cinco maiores municípios produtores são: Acrelândia, Porto Acre, Tarauacá, Feijó e Rio Branco.


A cultura da soja apresentou expansão do valor da produção em 50%, totalizando R$ 99,7 milhões com produção de 45.732 toneladas. A expansão é explicada pelo aumento de produção em 102% em relação a 2022, que alcançou 22.667 toneladas. “Por outro lado, o preço médio ao produtor foi pressionado para baixo devido a uma elevada oferta ancorada na elevada produção nacional de soja”. Os cinco maiores municípios produtores são: Plácido de Castro, Capixaba, Rio Branco, Senador Guiomard e Xapuri.


Por fim, o levantamento mostra que a cultura do café apresentou expansão do valor da produção em 1%, totalizando R$ 28 milhões, com produção de 2.858 toneladas. A cultura apresentou expansão da produção em 11%, contudo, os preços médios ao produtor foram inferiores ao ano anterior, impactando negativamente o valor da produção. Os cinco maiores municípios produtores são: Acrelândia, Mâncio Lima, Brasileia, Manoel Urbano e Plácido de Castro.


Soja tem sido uma das culturas que tem expandindo no estado. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Expansão agrícola

O titular da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), José Luis Tchê, explica que os índices crescentes nessas culturas são resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido junto aos produtores do estado, o que tem favorecido a expansão agrícola, principalmente nos municípios que apresentam potencialidades.


“O Estado vem estimulando o trabalho de mecanização, preparo de áreas para o plantio da cultura, assim como os trabalhos realizados nas casas de farinha, garantindo o processamento do produto de forma adequada para ganhar o mercado consumidor. Não podemos esquecer da associação com outros produtos inovadores, como o caso da farinha com o cacau a partir do chocolate, da empresa Além do Cacau, o que agrega valor e tem destino certo da produção”, enfatiza.


O gestor relembrou também o impacto de algumas medidas no setor, que acabam motivando e fazendo com que mais pessoas se interessem nessas produções. Como exemplo, ele cita a inauguração da Casa para Embalagens de Banana, que funciona em Acrelândia desde novembro do ano passado.


Estado também tem incentivado a produção de café. Foto: Diego Gurgel/Secom

“Isso dá qualidade ao produto, padronização, garantindo seu espaço tanto no mercado interno, como no externo, na comercialização para outros estados. Então, isso tudo é uma garantia para que nossos produtores não só tenham a implementação delas na propriedade, como seja atrativo para novos produtores”, reforça.


Este ano, segundo dados da Seagri, o Estado produziu 190 mil toneladas de grãos, destacando-se o milho e a soja: “A soja, especialmente, tem ganhado novos mercados, principalmente mercado externo, de exportação. Além do mais, são produtos utilizados na ração animal. Então, a gente também potencializa outras cadeias produtivas, como é o caso das cadeias produtivos de aves e suínos, que está concentrada na região do Alto Acre e que apresenta uma franca expansão, não só de produção, como também de entrada em novos mercados, seja de mercado interno, seja externo, como é o caso da carne suína”.


Para o café, o secretário explica que novas medidas estão sendo tomadas para aumentar a área plantada. A Seagri também tem apostando em capacitação e orientação para que os produtores possam ter acesso e conheçam novas tecnologias que podem ser empregadas nessas culturas.


“A secretaria vem difundindo esse trabalho por meio da distribuição de mudas, preparo de áreas, enfim, a estrutura necessária para que o produtor possa trabalhar de forma confiante, tranquila, e ter, obviamente, um retorno lucrativo do investimento alocado em todas essas culturas agrícolas. Quanto ao milho e a soja, a gente também pode ressaltar a associação com a implementação dos silos, porque hoje temos aproximadamente 20 silos implantados no estado, e isso é fruto da expansão agrícola que estamos vivenciando, especialmente nas áreas de plantio de milho e soja”, finaliza.


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