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X, de Elon Musk, não bloqueia perfil de senador, e Moraes eleva multa para R$ 200 mil

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Elon Musk, CEO da SpaceX e Tesla e proprietário da X. (Foto: REUTERS/David Swanson)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta quinta-feira (15), aumentar de R$ 50 mil para R$ 200 mil a multa diária aplicada contra a rede social X (antigo Twitter), comanda pelo bilionário Elon Musk, por descumprimento de decisão judicial.


O caso envolve uma determinação de Moraes para a rede social bloquear o perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e de outros investigados. Segundo o gabinete do ministro, a ordem não foi cumprida.


Na terça-feira (13), o senador foi alvo de medidas cautelares determinadas pelo ministro no âmbito das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.


Além do bloqueio das redes sociais, o parlamentar teve as contas bancárias bloqueadas até o valor de R$ 50 milhões. A medida foi divulgada pelo próprio parlamentar em postagem na plataforma.


Na decisão, Moraes alertou que um novo descumprimento da determinação poderia configurar crime de desobediência pelo representante legal do X no Brasil.


“Fica determinado, ainda, que a decisão anteriormente proferida, cujo teor foi comunicado mediante o ofício eletrônico, deverá ser cumprida no período máximo de uma hora, sob pena de multa diária de R$ 200 mil para cada um dos perfis indicados”, decidiu o ministro.


Após a determinação de bloqueio, Do Val disse que as medidas determinadas contra ele fazem parte de perseguição política.


“Essa ação não pode ser interpretada de outra forma senão como uma clara e flagrante demonstração de perseguição política. Não há base legal ou lógica que sustente tal medida, evidenciando que o objetivo não é outro senão o de tentar silenciar e prejudicar um parlamentar em pleno exercício de suas funções. É um ataque ao direito e à democracia, que não pode ser ignorado”, afirmou.


Em publicação no X, Elon Musk, dono da rede social, classificou como censura as decisões judiciais que determinam bloqueio de contas de apoiadores e pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


 


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