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Sete municípios e milhares de acreanos só têm o SUS para cuidar da saúde

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Foto: UPA Franco Silva, na baixada da Sobral, em Rio Branco I Whidy Melo/ac24horas

De acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), 34% dos municípios brasileiros não têm serviços médicos privados e dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). Aproximadamente 15,7 milhões de pessoas vivem nessas 1.915 localidades, sendo quase 9 milhões apenas na região Nordeste.


No Acre, a situação é igualmente dramática e sete dos 22 municípios não têm assistência médica privada, contando apenas com o serviço público para assistir suas populações. Assim, ao menos 31,8% do Acre vive sem hospital ou médico particular, o que pode representar um contingente de cerca de 270 mil pessoas se levar em conta a população de pouco mais de 900 mil habitantes.


Em 2022, todos os municípios cumpriram o percentual mínimo de aplicação de recursos em saúde primária. Em 2023, 21 atenderam a meta. O estudo “Crise de saúde nos Municípios brasileiros” informa que a cada dez brasileiros, sete dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) quando apresentam cadastradas na Atenção Primária à Saúde (APS), que é a porta de entrada preferencial do SUS e está presente em todos os Municípios. A APS é constituída por 60 mil equipes de saúde, alcançando a cobertura de 79,7% da população em 2024. Essas equipes de atenção primária têm custado aos municípios brasileiros altos valores. Seguindo o mesmo dado do ano de 2022, no ano de 2023, que representa o último dado fechado até o momento, os Municípios arcaram com 60% das despesas de APS, sendo que os recursos recebidos da União pagam apenas 40% da conta.


O Brasil sempre foi acometido por crises, das mais diversas naturezas, e os seus impactos se refletem em todos os setores da sociedade, dentre eles o da saúde, que há pouco tempo viveu a maior crise mundial das últimas décadas, a pandemia da Covid-19. “Exacerbado por essa situação, quatro anos depois do início da pandemia no país, o setor da saúde continua enfrentando desafios com enormes impactos negativos na população. Atualmente, uma imensa sobrecarga afeta não somente o setor público de saúde, mas também o privado”, diz o estudo.


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