Peritos começam a analisar motores de avião que caiu; 35 dos 62 mortos são identificados

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Avião que caiu em Vinhedo, SP, ficou destruído — Foto: Arquivo pessoal

Peritos da aeronáutica começaram a analisar os motores do avião da Voepass, que caiu na última sexta-feira (9) em Vinhedo, interior do estado. Eles pediram o histórico de problemas da aeronave.


Até a manhã desta terça (13), a força-tarefa do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo tinha identificado 35 dos 62 mortos no acidente.


Desses, 17 foram liberados aos familiares, que são os primeiros a serem comunicados sobre o andamento do trabalho de reconhecimento. Os outros 18 estão em processo de liberação, aguardando a documentação complementar.


Segundo a Superintendência da Polícia Técnico-Científica, todas as vítimas morreram por politraumatismo. Os reconhecimentos dos corpos ainda não têm prazo para terminar.


Os nomes dos mortos identificados não foram divulgados pelo IML. Segundo a reportagem apurou, entre as vítimas identificadas estão:


• DANILO SANTOS ROMANO, de 35 anos (piloto do avião da Voepass; morava em São Paulo e trabalhava na companhia aérea desde 2022);


DANIELA SCHULZ FODRA (fisiculturista e mulher do passageiro Hiales Carpini Fodra; morava em Naviraí, Mato Grosso do Sul);


HIALES CARPINE FODRA, de 33 anos (policial rodoviário federal e marido de Daniela Schultz Fodra; nascido em Moreira Sales, Paraná, morava em Naviraí, Mato Grosso do Sul);


HUMBERTO DE CAMPOS ALENCAR E SILVA, de 61 anos (copiloto do avião da Voepass)


JOSÉ CARLOS COPETTI, de 45 anos (gerente de logística, morava em Jacareí, no interior de São Paulo). Ele foi velado e será cremado em São José dos Campos, interior de São Paulo;


PEDRO GABRIEL GUSSON DO NASCIMENTO, de 26 anos (analista de pesquisa de mercado, morador de Bom Jesus dos Perdões, SP). Ele será velado e enterrado em Atibaia, no interior paulista;


RAFAEL FERNANDO DOS SANTOS, de 41 anos (programador e pai da menina de Liz Ibba dos Santos, de 3 anos; morava em Florianópolis)


TIAGO AZEVEDO BILER, 40 anos (engenheiro de produção estava em Cascavel a trabalho)


Familiares das vítimas identificadas já providenciaram os trâmites para as cerimônias de despedida delas em suas cidades. As identificações dos mortos foram feitas por reconhecimento de digitais e outros meios, como radiografias, exames odontológicos de arcadas dentárias, tatuagens etc.


O IML aguarda documentos pessoais das vítimas não identificadas para fazer a liberação desses corpos para seus parentes.


José Carlos Copetti, de Jacareí, estava no avião que caiu em Vinhedo — Foto: Arquivo pessoal

José Carlos Copetti, de Jacareí, estava no avião que caiu em Vinhedo — Foto: Arquivo pessoal

Nenhum dos ocupantes do voo 2283, que ia de Cascavel, no Paraná, para Guarulhos, na Grande São Paulo, sobreviveu.


No avião tinham 58 passageiros e quatro tripulantes. A Aeronáutica apura as causas da queda da aeronave que atingiu duas residências no Condomínio Recanto Florido, no bairro Capela. Não há registro de vítimas entre moradores ou de quem estava no solo.


Polícia Federal e a Polícia Civil também investigam separadamente as causas e responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público (MP) acompanha as investigações. A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições.


Segundo especialistas ouvidos pela reportagem que viram vídeos do momento em que o avião caiu, entre as hipóteses para explicar o acidente está a possibilidade de que as asas da aeronave tenham ficado cobertas por gelo durante o voo, causando instabilidade e a queda.


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