A inflação de julho teve aumento de 0,53% no Acre, com variações distintas entre os grupos analisados. No entanto, o segmento de transportes aparece com destaque, com um aumento de 1,40%, sentindo o peso do reajuste de 18,88% no preço das passagens aéreas e dos combustíveis. A informação é do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento.
“Esse aumento foi impulsionado por uma combinação de alta demanda sazonal, típica do período de férias, e pelos custos mais elevados do combustível de aviação, que impactaram diretamente os preços ao consumidor”, diz o estudo.
O resultado geral de julho também representa uma aceleração contra o mês anterior, já que o IPCA de junho fechou em 0,34%. Com isso, a capital acreana tem uma inflação acumulada de 2,28% em 12 meses, sendo a segunda menor entre as capitais e regiões metropolitanas. O estudo destaca também que, dentre os nove principais grupos do IPCA, seis grupos tiveram altas em julho.
Artigos de residência também apresentaram uma variação significativa, com um aumento de 1,31%, refletindo possíveis reajustes nos preços de móveis, eletrodomésticos e outros itens dessa categoria.
O Fórum está preocupado com o cenário: “Especificamente no caso de Rio Branco temos uma espiral ascendente inflacionária. As taxas de inflação de junho e julho nos assustam, pois são bastantes elevadas”, diz o colegiado no estudo.
Por outro lado, alguns produtos e serviços registraram queda no preço e impediram uma inflação ainda maior: O preço do tomate, por exemplo, baixou 20,54% e da cebola 10,39%. “No caso do tomate, a queda nos preços foi resultado de uma melhora nas colheitas, particularmente nas regiões produtoras do Sul do Brasil. A cebola, por sua vez, também viu seus preços diminuírem graças à chegada de novas colheitas. O calor intenso do início do ano fez com que as cebolas amadurecessem mais rápido do que o esperado, resultando em uma colheita antecipada”, diz a pesquisa.