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Na seca, comerciantes enfrentam saga para levar alimentos ao Alto Juruá

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Com a seca do Rio Juruá, os municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo enfrentam a escassez de alimentos e combustíveis. Com lâmina d’água de centímetros no manancial, as viagens que levavam horas, são feitas em dias a partir de Cruzeiro do Sul, a cidade polo do Vale do Juruá, até os dois município, já perto da fronteira com o Peru.


Para minimizar o problema, comerciantes estão utilizando o ramal que interliga Cruzeiro do Sul a Porto Walter, que foi embargado pela justiça, reaberto pelos moradores. Em uma verdadeira saga, os alimentos são levados no primeiro trecho pelos 90 quiômetros do ramal que tem partes no meio da floresta, atravessando pontes, e depois em barcos até o destino final. Para Porto Walter, a viagem acaba no município. Para seguir até Marechal Thaumaturgo, o percurso só é feito pelo Rio Juruá.


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Nessa quinta-feira,14, Jorge Patino, um comerciante de Marechal Thaumaturgo, precisou de uma grande operação logística para levar 3 toneladas e meia de frango, de Cruzeiro do Sul até seu município. Na primeira parte do percurso, em duas caminhonetes, levou os produtos até Porto Walter pelo Ramal do 90. Em seguida, com pequenas canoas, leva os alimentos até Marechal. Os batelões, que são barcos maiores, não conseguem navegar com o baixo volume de água deste período do ano.


“Nós fomos pelo ramal, que tem aqueles 30 quilômetros da mata. Está judiando mesmo, mas deu tudo certo. A gente foi em duas caminhonetes. Nós levamos 150 caixas de frango, cerca de três toneladas e meia até a comunidade Vitória acima de Porto Walter. De lá, foi preciso usar quatro canoas para transportar as três toneladas e meia até Marechal Thaumaturgo. Nosso barco, que levava 10 toneladas de mercadoria, já foi parado porque o rio está sem condições. Se essa estrada estivesse liberada, seria uma grande ajuda, principalmente com essa seca”, contou ao ac24horas.


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