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Dólar tem terceiro dia de queda e fecha a R$ 5,57, com alívio sobre recessão nos EUA

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O dólar cedeu ante o real pelo terceiro dia consecutivo nesta quinta-feira (8) e fechou abaixo dos R$ 5,60, em mais uma sessão marcada pela busca global por ativos de maior risco.


O alívio para os mercados globais foi dado pelos dados de auxílio-desemprego nos EUA, que teve a maior queda em cerca de 11 meses. Após a divulgação, os temores de uma recessão no curto prazo no país diminuíram.


Com isso, investidores foram novamente em busca de ativos de risco, como ações e moedas de emergentes como o real, o peso colombiano, o peso mexicano e o peso chileno.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista caiu 0,90%, a R$ 5,574 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) perdia 1,16%, a 5.588,50 pontos.


Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em queda de 0,62%, cotado a R$ 5,6236. Desde terça-feira (6), a moeda norte-americana acumulou baixa de 2,92%, após ter batido em R$ 5,86.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,574
  • Venda: R$ 5,574

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,614
  • Venda: R$ 5,794

O que acontece com o dólar hoje?

O alívio para os mercados globais dado nesta quinta-feira (8) veio pelos dados de auxílio-desemprego nos EUA. O Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais caíram em 17.000, para 233.000 na semana encerrada em 3 de agosto, na série com ajuste sazonal. Foi a maior queda em cerca de 11 meses. Economistas consultados pela Reuters previam 240.000 pedidos para a última semana.


A diminuição dos pedidos de auxílio indicou que a economia norte-americana pode não estar tão enfraquecida, o que afastou em parte os receios de uma recessão no curto prazo.


Com isso, investidores foram novamente em busca de ativos de risco, como ações e moedas de emergentes como o real, o peso colombiano, o peso mexicano e o peso chileno.


Assim, após atingir a cotação máxima de R$ 5,6559 (+0,57%), às 9h56, o dólar à vista marcou a mínima de R$ 5,5640 (-1,06%), às 15h39.


“O dólar vem caindo de maneira importante. A ‘crise de um dia’ da segunda-feira, gerada pelo receio de recessão nos EUA, foi bastante debelada na terça, na quarta e na quinta-feira”, comentou Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos.


A queda do iene ante o dólar é outro fator, apontando por profissionais do mercado, para que as moedas de emergentes como o real tenham se fortalecido nos últimos dias, incluindo nesta quinta-feira. O movimento interrompeu desmontagens de operações de carry trade que, nas últimas semanas, vinham penalizando divisas de países emergentes.


No carry trade, investidores tomam recursos em países como o Japão, onde as taxas de juros são baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde a taxa de juros é maior. Na desmontagem destas operações, o real vinha sendo penalizado.


“O notável movimento de valorização da moeda japonesa foi interrompido ao longo dos últimos dias, diminuindo a volatilidade nos mercados de câmbio de países com elevadas taxas de juros, como Brasil e México, por exemplo”, pontuou André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, em comentário enviado a clientes.


No fim da tarde, o dólar seguia em alta ante o iene, o que favorecia o avanço da moeda norte-americana ante uma cesta de divisas fortes. Às 17h10, o índice do dólar (DXY) — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,10%, a 103,210.


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