Dólar hoje tem forte baixa após dados do IPCA e opera no patamar de R$ 5,50

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Notas de dólar (Foto: Jorge Araujo/ Fotos Públicas)

O dólar à vista opera com forte baixa frente ao real nesta sexta-feira, ampliando as perdas da véspera e caminhando para quarta queda consecutiva, à medida que investidores digerem dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho e repercutem a recuperação na busca por ativos de risco no exterior.


O indicador de inflação oficial do País acelerou para 0,38% em julho, informo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%.


O dado mensal veio acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava inflação de 0,35% em junho. Na comparação anual, esperava-se um IPCA mais baixo, de 4,47%.


Qual a cotação do dólar hoje?

Às 11h47 (horário de Brasília), o dólar à vista caía 1,32%, a R$ 5,500 na compra e R$ 5,501 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 tinha baixa de 0,66%, a 5.512 pontos.


Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia em queda de 0,89%, cotado a R$ 5,5737.


O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1 de outubro de 2024.


Dólar comercial

  • • Compra: R$ 5,500
  • • Venda: R$ 5,501

Dólar turismo

  • • Compra: R$ 5,614
  • • Venda: R$ 5,794

O que acontece com o dólar hoje?

A divisa americana continua ladeira abaixo em relação às moedas emergentes, uma vez que a diminuição dos pedidos de auxílio na véspera indicou que a economia norte-americana pode não estar tão enfraquecida, o que afastou em parte os receios de uma recessão no curto prazo.


Com isso, investidores foram novamente em busca de ativos de risco, como ações e moedas de emergentes como o real, o peso colombiano, o peso mexicano e o peso chileno.


O foco dos investidores agora estará no relatório de inflação de preços ao consumidor dos EUA para julho, previsto para a próxima semana, bem como nos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole do banco central, de 22 a 24 de agosto.


No âmbito nacional, a inflação ao consumidor atingiu o teto da banda da meta de inflação perseguida pelo Banco Central. A autarquia tem como meta para este e os próximos anos uma inflação de 3%, com uma margem permitida de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.


O resultado, portanto, deve fomentar as crescentes expectativas dos agentes financeiros por uma alta da Selic, agora em 10,50% ao ano, em breve — o que, em tese, é positivo para o real, pois torna o país atrativo para operações de “carry trade” com a moeda brasileira.


Na ata de sua última reunião na semana passada, quando mantiveram a taxa de juros inalterada pelo segundo encontro consecutivo, as autoridades do BC indicaram que não hesitarão em elevar a Selic em prol da convergência da inflação caso julguem apropriado.


O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou na quinta-feira durante um evento que toda a diretoria da instituição está disposta a fazer o que for necessário para perseguir a meta de inflação.


A expectativa por novo aperto monetário podia ser vista na curva de juros. A taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — estava em 10,775%, ante 10,725% do ajuste anterior


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