Pesquisar
Close this search box.
banner ac 24h (1)

Dólar fecha em baixa e vai a R$ 5,71, após encostar nos R$ 5,80; moeda sobe na semana

2024 05 02t114333z 1 lynxmpek410ih rtroptp 4 bacen externo
Notas de dólar em foto de ilustração (Reuters/Dado Ruvic)

O dia foi de altos e baixos nas negociações do dólar à vista. Após se aproximar dos R$ 5,80 na manhã desta sexta-feira (2), a moeda perdeu força ante o real e fechou em baixa, acompanhando o recuo no exterior, em meio à perspectiva de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) poderá promover um corte maior de juros em setembro.


A projeção mais otimista se difundiu após a divulgação dos dados de emprego (payroll) dos Estados Unidos, que vieram bem abaixo das expectativas. Os números reforçaram as apostas de que o Fed, de fato, começará a cortar juros em setembro.


Mais do que isso. A curva de juros norte-americana passou a precificar de forma majoritária um corte de 50 pontos-base em setembro — e não de 25 pontos-base, como o mercado vinha esperando.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou em queda de 0,45%, a R$ 5,709 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 tinha baixa de 0,74%, a R$ 5,729.


Na véspera, o dólar à vista atingiu sua maior cotação de fechamento desde 21 de dezembro de 2021, a R$ 5,736 na venda. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,93%.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,709
  • Venda: R$ 5,709

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,751
  • Venda: R$ 5,931

O que aconteceu com o dólar hoje?

O dólar à vista abriu com uma ligeira queda frente ao real nesta sexta-feira (2), devido a um movimento de realização de lucros e queda nos rendimentos dos Treasuries americanos.


Porém, o movimento virou para uma alta acentuada por volta das 9h35 (horário de Brasília), com a cotação chegando a R$ 5,80 na máxima, após a divulgação dos dados de emprego dos Estados Unidos, que fomentaram temores de enfraquecimento da maior economia do mundo.


Segundo o payroll, os Estados Unidos criaram 114 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de julho, menos que o esperado pelos analistas. A estimativa, de acordo com o consenso LSEG, era de criação de 175 mil vagas no mês. A taxa de desemprego ficou em 4,3%, acima dos 4,1% do mês anterior. O esperado pelos analistas era estabilidade em 4,1%.


O temor logo se tornou otimismo com a possibilidade de aceleração dos cortes de juros pelo Federal Reserve. A curva de juros norte-americana passou a precificar de forma majoritária um corte de 50 pontos-base nas taxas dos fed funds em setembro — e não de 25 pontos-base, como o mercado vinha esperando.


Com isso, houve recuo firme nos rendimentos dos Treasuries nos EUA, que refletiu na curva de juros no Brasil e na precificação do dólar no exterior. O índice dólar (DXY), que mede a moeda frente outras seis divisas, despencou 1,13% nesta sexta-feira, para 103,23 pontos.


De acordo com o estrategista-chefe e sócio da EPS Investimentos, Luciano Rostagno, a forte queda dos rendimentos dos Treasuries pressionou o dólar para baixo, favorecendo divisas como o real.


“Isso ocorre por conta do diferencial de juros (para o Brasil), que tende a aumentar considerando um Fed mais agressivo no corte de juros em setembro”, pontuou Rostagno.


Apesar da queda nesta sessão, o dólar ainda acumulou alta 0,93% na semana, mantendo-se acima dos R$ 5,70. Profissionais do mercado avaliam que, mesmo com o alívio trazido pelo exterior nesta sexta-feira, outros fatores continuam a dar sustentação a moeda norte-americana frente ao real, como preocupações em torno do equilíbrio fiscal do governo.


“Há componentes domésticos que inibem uma apreciação maior do real”, disse Rostagno.


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
(ac) banner qua e qui verde 31 07e01 08

Últimas Notícias