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Ao menos 783 crianças receberam primeiro atendimento odontológico em 2023 no Acre

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O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) orientam que a amamentação ocorra de forma exclusiva até os 6 meses ou de forma continuada até os 2 anos ou mais. Além de proporcionar benefícios nutritivos e imunológicos, o aleitamento materno pode ajudar no desenvolvimento da respiração, deglutição, fala, mastigação e até na redução da cárie da primeira infância (CPI), que acomete crianças até seis anos de idade. Evidências sugerem que bebês amamentados no primeiro ano de vida têm menos recorrência de cárie dentária em relação aos que consomem fórmula infantil. Ao mamar, o bebê diminui a exposição inadequada ao flúor e evita o consumo precoce de açúcares, impactando diretamente na prevenção da cárie.


De acordo com o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), o número de crianças entre 0 e 2 anos que receberam o primeiro atendimento odontológico no Brasil cresceu de 144 mil em 2022 para mais de 180 mil em 2023. No Acre, esse crescimento também é significativo: em 2022, 242 crianças tiveram sua primeira consulta odontológica, e em 2023, esse número aumentou para 783.


No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a odontopediatria é ofertada nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). Já nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) contam com as equipes de saúde bucal (eSB), que são qualificadas para atender as crianças, inclusive bebês para orientação nas práticas de amamentação.


Para Doralice Severo da Cruz, coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, o aleitamento materno desempenha um papel essencial na saúde bucal da criança: “Dos benefícios da amamentação para o bebê, podemos destacar o desenvolvimento da mandíbula e dos músculos faciais, o que contribui para um alinhamento correto dos dentes no futuro”, explicou.


“Amamentar promove a sucção correta, que é essencial para o desenvolvimento de hábitos saudáveis e a formação de uma mordida adequada. Desta forma, incentivamos que as mães continuem amamentando com confiança seus bebês, sabendo que está dando à criança o melhor começo possível para uma vida cheia de sorrisos brilhantes”, completou Doralice.


A ausência da amamentação ou, ainda, o desmame precoce resultam na falta de estímulos para o desenvolvimento craniofacial. Além disso, a introdução de bicos artificiais, como mamadeiras e chupetas, movimentam uma musculatura diferente da correta, podendo ocasionar hipertonia muscular, alterando a estrutura bucal.


A partir dos 6 meses, a introdução alimentar deve ser iniciada, de forma lenta e gradual com produtos naturais dos diferentes grupos – frutas, legumes, verduras, tubérculos, cereais e feijões. O consumo de açúcares e alimentos ultraprocessados é fortemente contraindicado até os 2 anos de idade, pois aumentam o risco à cárie, asma, alergias, obesidade e doenças cardiovasculares no futuro.


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