Peritos do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo identificaram até terça-feira (13) os corpos de 35 das 62 pessoas que morreram em um acidente de avião em uma área residencial de Vinhedo (SP) na semana passada, matando todos a bordo, segundo as autoridades.
Um avião de transporte KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB) carregou os restos mortais de três passageiros de volta a Cascavel (PR), de onde a aeronave acidentada decolou a caminho de Guarulhos (SP).
Os corpos serão transportados à medida em que eles forem liberados do IML. Até o momento, foram liberados 17 corpos para os familiares, junto com os atestados de óbito.
As causas que levaram o avião turboélice ATR-72 operado pela companhia aérea regional Voepass a cair girando em direção ao solo ainda não foram estabelecidas.
Caixas-pretas
A Força Aérea Brasileira anunciou hoje que as caixas-pretas do ATR72 gravaram “com êxito” os registros de voz e dados da aeronave. Investigadores costumam usar possíveis alarmes sonoros e conversas entre pilotos e controladores de tráfego aéreo para definir as possíveis causas de um acidente.
O gravador de voz da cabine de comando e o gravador de dados de voo estão sendo investigados desde sábado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília, para determinar a causa do acidente.
Um relatório preliminar é esperado dentro de 30 dias após o início dos trabalhos nos motores do avião, que foram levados para as instalações do Cenipa em São Paulo.
Vídeos da queda do avião foram analisados por especialistas em aviação e levaram alguns a especular que havia gelo acumulado na aeronave. Na sexta-feira, a Voepass disse que havia previsão de gelo nas altitudes em que o avião estava voando, mas que deveria estar dentro de um nível aceitável.
O avião caiu e explodiu no jardim de um condomínio residencial na cidade de Vinhedo, cerca de 80 quilômetros a noroeste de São Paulo. Ninguém no solo ficou ferido.