Um discurso do vereador N. Lima (PP) proferido na tribuna da Câmera de Vereadores durante sessão ordinária na última quarta-feira, 10, motivou uma nota de repúdio de 14 entidades que fazem parte do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial na capital acreana.
Lima ao defender o Projeto de Lei “Bíblia nas escolas” afirmou: “A maioria que vejo hoje, igrejas, todas, sem exceção, a não ser as igrejas que seguem o satanás. Elas seguem mesmo ele. Elas defendem com maior loucura do mundo. Vão lá fazem macumba e o diabo a quatro”.
Para as entidades, a fala é intolerante, racista e religiosa. “As falas preconceituosas, carregadas de racismo religioso, que em breve descrição significa: um conjunto de práticas violentas que expressam a discriminação e o ódio pelas religiões de matriz africana e seus adeptos, assim como pelos territórios sagrados, tradições e culturas afro-brasileiras. Longe de ser aporte para a defesa de propostas que em tese deveriam colaborar para combater o racismo, o preconceito e a discriminação em suas diversas faces, é utilizada para ofender, fortalecer a ira e incentivar perseguições”, diz a nota.
As entidades pedem ainda uma retratação do parlamentar. “Esperamos que haja retratação pública dos envolvidos no caso, e em não havendo a retratação, que o caso seja avaliado pela Comissão de Ética da Câmara Municipal de Rio Branco/Acre, bem como sejam tomadas as providências para evitar que a Casa do Povo seja palco de atos racistas e intolerantes”.
Veja abaixo a nota completa: