Dezenas de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Rio Branco se reuniram nesta sexta-feira (19) para alinhar as pautas do movimento que está em greve desde a última terça-feira (16). As principais reivindicações são recomposição de perdas salariais, valorização profissional e melhores condições de trabalho.
De acordo com o movimento, durante a greve de 2022, o Governo Federal cedeu aumento salarial de 9%, e agora propõe aumentar 9% em 2025 e outros 5%, mas os trabalhadores consideram que as perdas salariais ao longo dos anos ultrapassam os 50%.
José Margarido, funcionário do instituto há 40 anos, explicou que este é o momento de maior desvalorização do setor e disse que esperava sensibilidade maior do presidente Lula e do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Acredito que esse é o pior momento porque a gente está passando por um processo de reforma administrativa. Nossa carreira é importante para o país, dada a complexidade do nosso trabalho. O presidente Lula é um ex-sindicalista, participou de momento sindical. Haddad é professor universitário, ele também foi forjado na luta, então a gente na verdade esperava né que houvesse um sensibilidade maior com a categoria”, desabafou.
Shagundo Shuarez Raymundo, indígena da aldeia Mudança, em Santa Rosa, viajou do interior para Rio Branco para requerer auxílio doença, mas deu de cara com portas fechadas. “Eu vim de Santa Rosa, mas agora não sei como vou fazer. Não sabia que tinha que agendar e agora o número de agendamento não funciona”, disse.
Saiba como acessar serviços do INSS durante a greve: https://ac24horas.com/2024/07/16/servidores-do-inss-no-acre-aderem-a-greve-orientacao-e-para-servicos-online/