Confiante em chegar ao pódio olímpico, a seleção brasileira feminina de vôlei desembarcou em Paris nesta segunda-feira (19), a uma semana da cerimônia de abertura dos Jogos, junto com parte da delegação nacional de judô. Os atletas foram direto para a Vila Olímpica, onde já está instalada a equipe da ginastica artística, que chegou na véspera – foi primeira delegação brasileira a inaugurar o amplo espaço reservado aos atletas, em Saint Ouen, no norte de Paris.
“Expectativa muito grande. Dividimos o voo com a equipe do judô, encontramos a Rafaela Silva, já estamos vivendo um pouco dessa experiência. Estamos muito motivadas. A equipe cresceu muito desde de a LNV [Liga das Nações de Vôlei]. Foi um ciclo olímpico importante, passamos por muitas dificuldades e o time se fortaleceu. Não viemos aos Jogos Olímpicos apenas para participar. Nosso objetivo é conquistar a medalha de ouro”, projetou Gabi Guimarães, capitã da seleção.
Vice-líder no ranking mundial – atrás apenas da Itália – a seleção feminina estreia nos Jogos contra o Quênia, em 29 de julho (uma segunda-feira), às 8h (horário de Brasília), em partida pelo Grupo B, que tem ainda Polônia e Japão. Os demais jogos da seleção serão contra o Japão, em 1º de agosto, e contra a Polônia, em 4 de agosto. O torneio de vôlei em Paris reúne apenas 12 países. No Grupo A estão França, Estados Unidos, China e Sérvia, e na Chave C Itália, Turquia, Holanda e República Dominicana. Os dois primeiros colocados em cada chave e os dois melhores terceiros se classificam às quartas de final.
“Estamos no bolo. Existem no feminino sete ou oito equipes que podem lutar por uma medalha. Existe um equilíbrio muito grande nas forças do mundo. O importante é que o Brasil é uma delas. Vimos recentemente a participação na Liga das Nações. Tivemos três vitórias seguidas, depois duas derrotas, inclusive na disputa de terceiro e quarto [lugares]. Mas hoje o Brasil é o segundo do ranking. Está parelho. Temos noção de onde estamos”, analisou José Roberto Guimarães, técnico da seleção, que chega à sua 10ª participação olímpica em Paris 2024.
Bicampeã olímpica (Pequim 2008 e Londres 2012), a seleção coleciona ainda uma prata (Tóquio 2021) e dois bronzes (Atlanta 1996 e Sidney 2000).
Primeiros judocas brasileiros em Paris
Seis dos 20 judocas convocados a representar o Brasil nos Jogos desembarcam nesta manhã em Paris. A delegação com Natasha Ferreira (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Rafaela Silva (57kg), Michel Augusto (60kg), Willian Lima (66kg) e Daniel Cargnin (73kg) foi direto para Sainte-Geneviève-des-Bois para aclimatação antes de seguir para a Vila Olímpica, no dia 31 de julho.
Medalha de ouro na Rio 2016, a carioca Rafaela Silva destacou a importância de manter a mente concentrada nos dias que antecedem a estreia nos Jogos.
“Nessa última semana a gente fica mais concentrado na estratégia, esperando o sorteio que acontece no dia 25, focado na perda de peso, que é fundamental, porque qualquer detalhe faz a diferença. Não dá para fazer um milagre em uma semana. Então, acredito que é manter o que a gente vem fazendo e se cuidar o máximo possível para evitar qualquer tipo de surpresa”, explicou a atleta, que nesta temporada faturou ouro em abril, no Pan-Americano de Judô, e um mês depois conquistou prata Grand Slam de Astana (Cazaquistão).
Agenda – Judô Brasil
Competição individual (lutas qualificatórias a partir das 5h e finais às 11h)
27 de julho (sábado)
Natasha Ferreira (48 kg)
Michel Augusto (60 kg)
28 de julho (domingo)
Larissa Pimenta (52 kg)
Willian Lima (66 kg)
29 de julho (segunda)
Rafaela Silva (57 kg)
Daniel Carginin (73 kg)
30 de julho (terça)
Ketleyn Quadros (63 kg)
Guilherme Schimdt (81 kg)
31 de julho (quarta)
Rafael Macedo (90 kg)
1º de agosto (quinta)
Mayra Aguiar (78 kg)
Leonardo Gonçalves (110 kg)
2 de agosto (sexta)
Beatriz Souza (78 kg)
Rafael Silva (100 kg)
3 de agosto (sábado)
Equipes mistas (Disputa individual (lutas qualificatórias a partir das 5h e finais às 11h)