A Promotoria de Justiça Especializada do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou um procedimento administrativo para apurar a participação de policiais do estado em conflitos de terras na Comunidade Marielle Franco, na cidade de Lábrea, no sul do Amazonas. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp-AC) disse que não houve envolvimento direto de policiais do estado.
Os policiais acreanos são suspeitos de torturar, agredir e ameaçar moradores de um assentamento da Fazenda Palotina, que é alvo de grilagem de terra e conflitos agrários. Cerca de 200 famílias ocupam a região.
A cidade fica perto da divisa com o Acre. A promotora de Justiça Maria Fátima Ribeiro Teixeira destacou na portaria que a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) remeteu uma Notícia de Fato para a promotoria especializada para acompanhar a situação.
“Considerando a necessidade de prevenção de qualquer abuso de autoridade ou omissão por parte dos policiais, que deve se pautar pelo respeito aos direitos humanos e obediência ao princípio constitucional da legalidade”, diz parte da publicação do MP-AC.
Ao g1, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) disse que não houve participação direta do efetivo acreano nesta situação.
“Apenas algumas guarnições do Acre ficaram na divisa, para acompanhar as ações de reintegração de posse, que foi suspensa por decisão judicial do Amazonas. Vídeos ou fotos que foram veiculadas são dessas guarnições que estavam na divisa. A determinação foi para acompanhamento e prevenção e não ação direta na operação.”, complementou o órgão.
Fonte: G1 Acre