O Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/POLOS-UFMG) diz que, com base em dados de 2012 a 2021, são 412 pessoas morando nas ruas das cidades do Acre. Na cidade de Rio Branco, que reúne o maior contingente, existem 28 pessoas em situação de rua por 100 mil habitantes. Dessa população, a maioria (74,79%) estão na faixa etária dos 30 aos 60 anos e um dados chama a atenção: 9.24% das pessoas em situação de ruana capital do Acre são idosos com mais de 60 anos.
Em Rio Branco, 98.32% das pessoas em situação de rua declararam não pertencer a grupos tradicionais específicos. 0.84% pertencem a famílias de agricultores familiares. Não há dados sobre 0.84% das pessoas. Sobre a escolaridade, a maioria tem pouco estudo, mas 5% dizem possuir nível superior e quase 83% dizem não ter nenhum trabalho a exercer ao longo do dia, porém há ganhos financeiros: 95.8% das pessoas em situação de rua têm renda mensal de até R$ 89,00; 0.84% com renda de R$ 89,01 a R$ 178,00 e 3.36% com renda acima de1/2 salário mínimo.
Os dados mostram que o meio número de pessoas em situação de rua se concentra na capital de São Paulo. A maior cidade do país possui mais de 80 mil moradores em situação de rua. Se contabilizar o estado todo de São Paulo, o número chega a 126.112.
Na sequência aparecem Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com 21.023 e 13.776 moradores em situação de rua, respectivamente. Completam o top 10 de capitais com mais pessoas nesta vulnerabilidade Fortaleza, Salvador, Distrito Federal, Porto Alegre, Boa Vista, Curitiba e Florianópolis.
A cidade de Curitiba aparece em nono lugar entre as 10 capitais do Brasil com mais moradores em situação de rua, segundo os dados da pesquisa. A capital paranaense totaliza 4.096 moradores em situação de rua, com cadastro no CadÚnico. O número representa 27,8% das pessoas em vulnerabilidade no estado do Paraná. Ao todo, cerca de 14.696 paranaenses vivem em situação de rua.