Influencer pagou R$ 3.000 por procedimento estético que levou à sua morte, diz polícia
CNN
A influenciadora digital Aline Ferreira, 33 anos, que morreu após complicações decorrentes de um procedimento estético, pagou R$ 3.000 pela intervenção à qual se submeteu: a aplicação de polimetilmetacrilato, também conhecido como PMMA, nos glúteos. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Goiás.
O procedimento foi realizado no dia 23 de junho em uma clínica localizada em Goiânia. No mesmo dia, Aline voltou para o Distrito Federal, onde morava, mas começou a passar mal dias depois e foi internada.
A responsável pelo procedimento, Grazielly da Silva Barbosa, é dona da clínica, que foi fechada por falta de alvará e da apresentação de profissional responsável com habilitação necessária. Ela está presa. Grazielly se apresentava como biomédica, mas não tinha formação na área.
“Quando fazemos fiscalizações em clínicas, é comum que nós apreendamos prontuários de pacientes. Lá [na clínica Ame-se] não tinha prontuário de paciente nenhum. Ou seja, a pessoa simplesmente chegava, pagava, fazia o procedimento e ia embora. Não tinha prontuário de anamnese do paciente para saber se o paciente tinha alguma condição clínica prévia que pudesse gerar algum problema depois do procedimento. Não eram requisitados exames prévios na realização do procedimento”, acrescentou a delegada Débora Melo, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor de Goiás.
Aline tinha dois filhos e era casada desde 2021. A influencer tinha quase 44 mil seguidores no Instagram e se apresentava como modelo fotográfica. Na descrição de seu perfil, informava que o conteúdo apresentado era referente a “looks, lifestyle e dicas diárias”.
Em pelo menos três postagens, ela falou sobre procedimentos estéticos aos quais já havia sido submetida antes da aplicação de PMMA nos glúteos: remoção de estrias, rinomodelação com ácido hialurônico e aplicação de botox.
A CNN tenta contato com a defesa de Grazielly da Silva Barbosa.