Um exoplaneta gigante com massa seis vezes maior que a de Júpiter foi encontrado orbitando uma estrela semelhante ao Sol a aproximadamente 12 mil anos-luz da Terra.
As novas observações, feitas com o Telescópio Espacial James Webb, comprovaram as previsões da existência de um corpo girando em torno da estrela Epsilon Indi A. O exoplaneta Eps Ind Ab se mostrou, no entanto, diferente das expectativas, apresentando um aspecto brilhante e frio.
O estudo publicado na revista Nature mostrou que o Eps Ind Ab é diferente do esperado. Contrariando a teoria, ele não é quente, apresentando uma temperatura de cerca de 2º C e uma massa mais de seis vezes maior que a de Júpiter.
O exoplaneta fica a uma distância de 15 unidades astronômicas da Terra e seu período orbital é estimado para durar algumas décadas. Uma unidade astronômica representa a distância média entre a Terra e o Sol.
Os dados também indicam que este provavelmente é o único planeta gigante no sistema.
A estrela que orbita, a Epsilon Indi A, tem aproximadamente 3,5 bilhões de anos e está perto da Terra, em uma distância de 3,6 parsecs da Terra — cerca de 12 mil anos-luz. Classificada como anã amarela do tipo G, ela queima hidrogênio a uma temperatura ligeiramente inferior à do Sol.
Já era esperado que a estrela poderia abrigar um planeta gigante, mas as informações disponívels anteriormente não eram suficientes para comprovar a teoria. Os novos dados obtidos na observação mostraram que a Epsilon Indi A tem em sua órbita um exoplaneta do tipo Superjúpiter — objeto astronômico muito mais massivo do que o planeta Júpiter.
Telescópio Espacial James Webb
O Telescópio Espacial James Webb (também conhecido como JWST ou Webb) é, desde 2021, a ferramenta mais atualizada que temos em relação à observação do espaço. A ferramenta foi construída para estudar cada fase da história do Universo, desde sua grande expansão até a evolução do nosso próprio Sistema Solar.
As metas do Webb são, segundo a Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos), buscar as primeiras galáxias ou objetos luminosos formados após o Big Bang; determinar como elas evoluíram; observar a formação de estrelas a partir dos primeiros estágios até a formação de sistemas planetários; medir as propriedades físicas e químicas desses sistemas (incluindo o Sistema Solar); e investigar o potencial para vida nesses conjunto de corpos celestes.