A influencer Gabriela Sousa, mulher do também influenciador Nego Di, estava em uma casa em Jurerê Internacional, uma das regiões mais nobres de Florianópolis, quando foi presa nesta sexta-feira (12).
Ela portava armamento sem registro e restrito das Forças Armadas, o que motivou o flagrante, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul.
Nego Di e Gabriela foram alvos de mandados de busca e apreensão em uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul que apura suspeita de lavagem de R$ 2 milhões após a promoção de rifas virtuais que, segundo o órgão, são ilegais. As investigações estão em andamento.
Procurada, a defesa do casal não soube informar se a residência é própria ou alugada. Disse, também que aguarda audiência de custódia dela, para depois entrar com habeas corpus, se necessário.
Em nota, os advogados afirmam que não tiveram acesso aos autos do inquérito. A defesa acrescenta que “a inocência dos investigados será provada em momento oportuno” (leia a íntegra abaixo).
Além da arma e da munição, dois veículos de luxo dos investigados foram sequestrados, conforme o promotor responsável pela investigação, Flávio Duarte.
O objetivo das buscas também era recolher documentos, mídias sociais, celulares, entre outros, para se ter uma dimensão exata dos crimes praticados e valores obtidos pelo casal. O MP também obteve da Justiça o bloqueio de valores, além da indisponibilidade de bens dos investigados e de terceiros vinculados aos fatos apurados.
Investigação
O gaúcho Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, participou do Big Brother Brasil em 2021 como integrante do grupo Camarote.
Após o reality, ele começou a promover rifas em redes sociais, divulgando no regulamento que “quem comprar mais números” ganha o prêmio.
Nego Di já sofreu sanções da Justiça do Rio Grande do Sul por divulgação de fake news em seus perfis nas redes sociais. Em decisão em maio este ano, ele teve que apagar publicações sobre as enchentes.
Na ocasião, Nego Di alegou que as autoridades estariam impedindo barcos e jet skis de propriedade privada de realizar salvamentos na região de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por falta de habilitação dos condutores. Além disso, ele também compartilhou imagens de cadáveres boiando que não eram da tragédia em questão, inclusive uma de uma inundação no Rio de Janeiro.
A Justiça determinou a exclusão imediata das publicações e proibiu Nego Di de reiterar as afirmações mentirosas, sob pena de multa no valor de R$ 100 mil.
O que diz a defesa dos investigados
A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados.
Esclarecemos ainda que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno, conforme o devido processo legal. A defesa reitera a importância do princípio da presunção de inocência e solicita que quaisquer informações sejam divulgadas com responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais.
Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula
Casa onde mulher de Nego Di foi presa em flagrante em Jurerê Internacional — Foto: Polícia Civil/Reprodução
Presa em Floripa, influencer esposa de Nego Di — Foto: Redes sociais/Divulgação