O dólar avançou com força sobre o real nesta quarta-feira (24), subindo mais de 1% e rompendo a barreira dos R$ 5,60, à medida que a queda no preço de commodities e a recuperação do iene prejudicaram o apetite por moedas de mercados emergentes.
Esta é a segunda maior cotação de fechamento em 2024, abaixo apenas dos R$ 5,6665 de 2 de julho.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial saltou 1,27% no dia, a R$ 5,656 na compra e a R$ 5,657 venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) disparou 1,25%, a 5.661 pontos.
Na terça-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,588 na venda, em alta de 0,34%. No mês, o dólar acumula alta de 1,18%.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,656
- Venda: R$ 5,657
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,687
- Venda: R$ 5,867
O que aconteceu com o dólar hoje?
Dois fatores têm gerado pressão sobre as moedas emergentes neste semana: a recuperação do iene frente ao dólar e a piora nas perspectivas sobre a economia da China, o que prejudica a demanda por matérias-primas globalmente.
Com isso, o real tem sido particularmente afetado. Em três dias, o real perdeu 1,07% de valor frente ao dólar.
O iene tem acumulado ganhos contra a divisa norte-americana em meio a suspeitas de intervenção cambial das autoridades japonesas e a especulação sobre se o Banco do Japão elevará os juros em sua reunião na próxima semana.
Um iene valorizado ante o dólar e a possibilidade de diminuição no diferencial de juros entre Japão e Estados Unidos levam investidores a reverterem operações de “carry trade“, quando tomam ativos em locais com juros baixos para rentabilizar em outros países com juros mais altos – como no Brasil, por exemplo.
Isso provoca uma fuga de capitais de emergentes para sustentar essa reversão no mercado japonês. O dólar tinha queda de 1,03% em relação ao iene nesta quarta, a 153,97.
Os ativos emergentes também estão sendo impactados por uma fraqueza dos preços de commodities, uma vez que pioraram as perspectivas econômicas na China, grande importadora de matérias-primas.
A queda de dois produtos em particular prejudica o Brasil. Os preços do petróleo, que seguem próximos às mínimas de seis semanas, e os contratos futuros de minério de ferro, que atingiram o menor valor em mais de três meses.
O dólar se fortalecia ante o peso mexicano, com alta de 1,1%, e avançava contra o peso chileno, em alta de 0,6%.