Os deputados decidiram retirar da lista de isenção o Viagra, que passará a ter taxação de 40% da alíquota padrão, estimada em 26,5%.
O grupo também decidiu incluir na lista de isenção um pacto de “dignidade menstrual”, que inclui produtos de cuidados básicos à saúde menstrual como absorventes. Antes, no texto original, os absorventes estavam na lista de itens que teriam redução de 60% da alíquota padrão.
“É uma vergonha um produto masculino está na [alíquota] zero e uma menina pobre pagar [com imposto] absorventes mensalmente”, afirmou o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), integrante do grupo de trabalho.
Na lista dos itens com redução de 60% da alíquota de referência os congressistas decidiram manter a toxina botulínica tipo A, o Botox.
Sobre a ampliação da lista de isenção para medicamentos, Reginaldo afirmou que o grupo de trabalho solicitou estudos para o Ministério da Saúde e o tema ainda deve ser negociado no plenário.
A expectativa é que seja votado no plenário da Câmara até 15 de julho, antes do recesso parlamentar. Os parlamentares esperam a votação do regime de urgência na próxima semana. O tema é tratado com “prioridade total” pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Entre as outras mudanças propostas pelos deputados está a inclusão no Imposto Seletivo (IS) da taxação de bets, jogos de azar e carros elétricos.
O relatório com a sugestão de alterações no texto original enviado pelo governo foi apresentado após intensas negociações entre o Executivo, parlamentares e o presidente da Câmara.
Reforma
A reforma foi aprovada e promulgada pelo Congresso no ano passado, mas a maioria das mudanças começam a ser implementadas de forma gradual a partir de 2026 com efeitos em 2027. Para isso, neste ano, o governo enviou ao Legislativo duas propostas de regulamentação.
Desde maio, dois grupos de trabalho analisam o projeto que trata dos impostos substitutos criados pela reforma e a proposta sobre a atuação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).