O consultor de projetos, Victor Barrios, publicou em suas redes sociais um depoimento para desabafar sobre o retorno de uma vaga em um processo seletivo em que foi reprovado após demorar mais de 15 minutos para responder a recrutadora.
A profissional teria lhe enviado uma mensagem o convidando para participar do processo seletivo e concorrer a uma vaga de Gestão de Projetos (PMO). No entanto, de acordo com ele, no recado não havia nenhuma informação adicional, descrição de atividades, benefícios ou requisitos para a vaga.
Aproximadamente uma hora depois, Victor respondeu a profissional, solicitou maiores informações e afirmou estar interessado em participar do processo. “Pode falar um pouco mais sobre a oportunidade? Se preferir podemos marcar horário para uma call (ligação)”, completou ele.
No entanto, após o envio da sua mensagem, Victor não obteve nenhum retorno da recrutadora e, após cerca de uma semana, ele resolveu entrar em contato novamente com a profissional. “Gostaria de saber se ainda há interesse no meu perfil”, questionou o candidato.
Em resposta, a recrutadora alegou que a empresa decidiu seguir com outros perfis para dar continuidade ao cargo, o que gerou dúvidas em Victor, que questionou a profissional sobre o motivo de o perfil dele ter sido descartado, além de solicitar um feedback para entender o porquê de sua reprovação no processo.
Junto ao depoimento, Victor publicou uma captura de tela que mostra o diálogo entre ele e a recrutadora, em que é possível visualizar que a profissional afirma que para a vaga, a empresa estaria buscando “perfis proativos e com senso de urgência”.
Assim, a justificativa dela seria que apenas candidatos que responderam a primeira mensagem [enviada por ela] em até 15 minutos teriam sido selecionados.
“Esse foi o retorno que eu obtive, mesmo sem ninguém se quer solicitar meu currículo ou conversar comigo, decidiram que eu não sou proativo e que não tenho senso de urgência, afinal demorei uma hora para responder a mensagem”, publicou o candidato.
Victor é consultor de projetos há aproximadamente cinco anos e é formado em Segurança da Informação e pós-graduado em Gestão Estratégica de Projetos e Metodologias Ágeis. Segundo Barrios, após o retorno da recrutadora, ele se sentiu “indignado”, optou por não se justificar para ela e decidiu encerrar a conversa naquele momento.
Em sua publicação, Victor também afirmou a outros recrutadores que a avaliação sobre as qualificações de um candidato não deve ser realizada pelo tempo de resposta de uma mensagem. Ele ainda alegou que estar nas condições de “open to work”, ou seja, aberto a trabalhar, não faz com que os candidatos deixem de ter outras responsabilidades e obrigações.
“Isso nos impede de ficar 24 horas por dia com o celular na mão para responder prontamente uma mensagem. Estar ‘open to work’ é muito frustrante, seja pela falta de retorno dos processos seletivos ou pelos retornos absurdos”, concluiu o candidato em seu depoimento.