O boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) mostra o cenário epidemiológico do Estado sobre casos de coqueluche entre 2010 e 2023.
Segundo os números divulgados, no período de 2010 até a 39ª semana epidemiológica de 2023, foram notificados 607 casos suspeitos de coqueluche no Acre. Desses, 129 (21%) foram confirmados, 477 (79%) descartados, e 1 caso está em investigação. O último caso confirmado de coqueluche no Estado foi em 2019 e o óbito ocorreu em 2014, no município de Rio Branco.
A partir de 2015, observa-se uma redução expressiva no número de casos (Gráfico 1). Em 2023, foram notificados 3 casos suspeitos de coqueluche, todos descartados, sendo duas crianças e uma mulher de 56 anos.
Em relação ao critério de confirmação, 12% (15) dos casos foram confirmados laboratorialmente. A cultura é o método diagnóstico considerado padrão-ouro para a coqueluche, permitindo o isolamento do agente etiológico, sendo um importante indicador para acompanhar a circulação da Bordetella pertussis. A maioria dos casos foi confirmada pelo critério clínico (76%, ou 98 casos), clínico/epidemiológico (12%, ou 15 casos), e 1 caso ignorado ou não preenchido.
Quanto à faixa etária dos casos confirmados, a maior incidência foi em crianças menores de um ano, correspondendo a cerca de 41,9% dos casos no Estado, comprovando que a doença ocorre principalmente nesse grupo vulnerável à morbimortalidade.
A coqueluche é uma infecção contagiosa que afeta as vias respiratórias, causada pela bactéria Bordetella pertussis, também chamada de “tosse convulsa” devido ao som característico similar a um assobio produzido pela tosse.