A família de Cesar Fine Torresi, de 77 anos, que morreu depois de levar uma ‘voadora’ na frente do neto, de 11, contou ao g1 que o idoso caiu de costas no chão após o chute no peito, bateu a cabeça e sofreu um traumatismo craniano. “Só posso dizer [que estou] revoltado”, disse o filho da vítima sobre a atitude de Tiago Gomes de Souza, de 39, preso suspeito de cometer o crime em Santos (SP).
O caso aconteceu na Rua Pirajá da Silva, no bairro Aparecida, conforme registrado pelo filho do idoso, Bruno Cesar Fine Torresi, de 38 anos, em boletim de ocorrência. Tiago teria chutado o peito da vítima porque Cesar colocou as mãos no capô do carro do agressor enquanto atravessava a rua.
O idoso foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste, onde foi intubado, mas teve três paradas cardíacas e não resistiu.
“A família toda está sem entender como uma pessoa pode ter uma atitude dessa com um idoso, de cabelo branco, e com uma criança ao seu lado”, lamentou o filho.
O episódio gerou revolta e motivou discussões de pessoas que passavam pelo local. O suspeito correu para um estabelecimento comercial, mas foi localizado e preso pela PM.
Tiago foi levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos e, na presença do advogado, não quis se manifestar sobre o ocorrido.
‘Ato tão cruel’
A nora da vítima, que preferiu não se identificar, definiu o sogro como uma pessoa “super do bem”, sendo um homem trabalhador e um excelente pai e avô. “No velório dele todos estavam chocados”, disse ela.
De acordo com a mulher, pessoas próximas ficaram abaladas ao saberem sobre a causa da morte do idoso. “A gente fica tentando entender o que levou esse rapaz a cometer um ato tão cruel“, desabafou ela.
Na visão da nora, nada pode justificar a ‘voadora’. “O que [o suspeito] ele pagar ainda é pouco pelo que estamos passando. Não [esperávamos a morte do idoso] tão repentinamente como foi, de uma maneira tão trágica, dolorosa e inesperada”, concluiu.
Quem era a vítima?
O filho do idoso contou à equipe de reportagem que o pai era divorciado e morava em Santo André, tendo como costume visitar os três filhos e seis netos, que moram em Santos, Sorocaba e Jundiaí.
“Nesse final de semana meu pai veio nos visitar e estava indo ao shopping passear com meu filho de mãos dadas. […] A rotina dele era visitar os três [filhos] em cada cidade, pegando os netos e passeando com todos eles”, afirmou Bruno.