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“Houve uma falcatrua na empresa”, diz Lula sobre anulação de leilão de arroz importado

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante uma entrevista à rádio Jornal Meio Norte, nesta sexta-feira (21), no Piauí, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou a anulação do leilão do arroz promovido pelo governo federal. Segundo o petista, “houve uma falcatrua na empresa”.


decisão do Executivo federal de importar o grão ocorreu após a crise provocada pelas fortes chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul — principal estado produtor do alimento no país — no mês de maio.


“Um cara me mostrou um pacote de arroz de 5kg a R$ 36. Aí um outro me mostrou um pacote de arroz a R$ 33. Eu falei que não é possível. O povo não pode pagar R$ 36 num pacote de 5 kg. Esse arroz está caro. Aí tomei a decisão de importar um milhão de toneladas”, começou Lula.


“Depois tivemos a anulação do leilão, porque houve uma falcatrua em uma empresa. Mas por que eu vou importar? Porque o arroz tem que chegar na mesa do povo a no mínimo R$ 20 um pacote de 5 kg. Não dá para ser um preço exorbitante”, continuou o presidente.


A anulação do leilão que havia vendido 263,37 mil toneladas de arroz importado foi anunciada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no último dia 11.


A resolução incluiu cancelar um novo leilão para 36 mil toneladas restantes do alimento que não tinham sido adquiridas no primeiro certame.


A suspeita de fraude que levou ao cancelamento envolveu a maior arrematante individual do certame realizado, a empresa Wisley A. de Souza, cuja sede é uma pequena loja de queijos em Macapá e que teve seu capital social recentemente alterado: passou de R$ 80 mil para R$ 5 milhões uma semana antes do leilão.


Na entrevista de hoje, Lula disse que o governo pretende recorrer a mais uma estratégia para reduzir o preço do grão.


“Vamos, inclusive, financiar áreas de outros estados produtivos de arroz para não ficar dependendo apenas de uma região. Vamos dar garantia de preço para que as pessoas não tenham prejuízo.”


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