O Boletim Epidemiológico Semanal das Arboviroses lançado pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) esta semana mostra que o estado enfrenta em 2024 um aumento de 484,4% no número de casos prováveis de Chikungunya entre a 1ª e a 24ª semanas do ano, em comparação ao mesmo período de 2023. O Acre também já superou, em junho, o número de casos prováveis de dengue de todo o ano passado.
De acordo com as informações, em 2023, o estado registrou 32 casos prováveis de Chikungunya nas primeiras 24 semanas. Em 2024, para o mesmo período, já foram registrados 187 casos suspeitos, sendo que 147 destes foram confirmados. Apenas Manoel Urbano e Xapuri não tiveram registro da doença. Apesar do aumento vertiginoso, que resulta em 22,5 casos suspeitos a cada 100 mil habitantes, não há registro de óbitos.
O boletim traz também a informação de casos de Febre Mayaro, uma doença infecciosa febril aguda que pode ser facilmente confundida com outras viroses. De 2023 a 18 de junho de 2024, 1.135 amostras foram coletadas, mas apenas 7 casos foram confirmados nos municípios de Xapuri, Rio Branco, Rodrigues Alves e Mâncio Lima.
Já sobre o Zica Vírus, o boletim demonstra que o Acre já enfrenta um aumento de 26,4% nos casos em 2024, em relação a todo o ano passado. 14 municípios do estado dividem os 47 registros confirmados, mas sem óbitos. Em 2023, foram 87 casos.
O número de casos prováveis de dengue também preocupa. Em 2023 foram 3.069 casos, mas só entre a 1ª e a 24ª semana de 2024 o número já foi superado, com 3.109 casos prováveis e 2.521 confirmados, gerando uma incidência na população de 374,6 infecções a cada 100.000 habitantes. Não foram registrados óbitos em decorrência da doença.