Caso Géssica: advogado da família de enfermeira morta pelo Gefron acusa delegado de retardar inquérito

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O inquérito que apura os fatos do dia 2 de dezembro de 2023, quando a enfermeira Géssica Melo de Oliveira, de 32 anos, teve um pulmão e o estômago atingidos por dois tiros de fuzil disparados por policiais Grupo Especial de Fronteira (Gefron) durante perseguição policial na BR-317 na altura do município de Senador Guiomard, ainda não foi concluído.


De acordo com Walisson dos Reis Pereira, advogado da família da vítima, em março e em maio o juiz encubido do caso soliciitou, por meio de ofício, a remessa do inquérito concluído, mas o delegado Rômulo Barros, da delegacia de Senador Guiomard, estaria retardando o esclarecimento dos fatos.


“A família e a defesa exigem que o inquérito seja entregue para o Poder Judiciário, como já determinado por duas vezes pelo magistrado. A Polícia Civil está retardando o inquérito alegando que tem outros casos com maior prioridade de atender no momento. A quem interessa essa demora de mais de seis meses na conclusão do inquérito? Interferências externas?”, questiona Welisson.


Outra revolta da defesa e dos familiares, segundo Welisson, é que os policiais militares que dispararam 13 tiros de fuzis no veículo da enfermeira, embora sejam suspeitos de plantar uma pistola no local do crime, foram liberados para cumprir prisão domiciliar sem o uso de monitoramento eletrônico e liberados para voltar ao trabalho.


“Os acusados foram soltos com a justificativa de quem tem filhos menores de 12 anos e autistas. A Géssica deixou filhos de 3, 6 e um de 10 anos, que nunca mais vão ver a mãe. Eles estão soltos e ela está enterrada para sempre. Queremos que os responsáveis sejam penalizados”, concluiu o advogado.


Procurado pela reportagem do Ecos da Notícia, o delegado Rômulo Barros disse que o recebimento de ofício para a conclusão de inquérito, citada pelo advogado, é comum, e que o fechamento do caso está levando mais tempo que o esperado pela sua complexidade, mas na próxima segunda-feira (17) espera-se poder concluir o inquérito.


“Segunda-feira devo ter enviado o procedimento. Até lá o que posso dizer é que é uma investigação complexa, com várias perícias e pessoas a serem ouvidas, mas são mais de 200 folhas e temos outras investigações que também temos que tocar”, afirmou o delegado.


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