O delegado Humberto Soares, responsável pelo caso, disse que as crianças contaram que, além dos espancamentos e as horas ajoelhadas no milho lendo a Bíblia, elas ainda ficavam sem comer.
“As crianças afirmaram que não foi a primeira vez que foram agredidas ou obrigadas a passar horas ajoelhadas no milho, ou na brita, e que era comum sofrerem agressões severas do seu genitor”, revelou o delegado.
Machucados graves
O delegado disse que as crianças relataram detalhadamente todas as agressões sofridas e que o menino que apanhou com a mangueira teve machucados graves, inclusive, na altura do olho. A criança foi levada ao Hospital Municipal, mas já recebeu alta.
“As crianças também contaram que o pai os ameaçavam caso contassem o ocorrido a alguém, e que na maioria das vezes em que eram castigados também eram obrigadas pelo genitor a ficar sem comer”, relatou o Humberto Soares.
A mãe das crianças disse à polícia que é separado dos pais e que os filhos haviam ido passar apenas uns dias com o pai, mas que ele não devolveu as crianças no dia combinado.
Segundo a polícia civil, as crianças foram levadas à delegacia pelo Conselho Tutelar e o pai encaminhado ao presídio municipal de Santa Helena de Goiás.
As crianças foram devolvidas a mãe e receberão acompanhamento do Conselho Tutelar e psicológico.