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Gêmeas siamesas de casal acreano morrem em Hospital de Brasília

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Morreram na manhã desta quinta-feira, 9, em Brasília, as gêmeas siamesas Aylla Sophia e Allana Rhianna, filhas do casal Alice Fernandes Brito Silva, de 18 anos, e Adriano Silva Fernandes, de 22 anos. A informação foi confirmada pela mãe.


Aylla e Allana nasceram no último dia 3, prematuras, por meio de parto cesariano. Em razão da condição extremamente complexa, as gêmeas não tiveram prognóstico positivo de sobrevida e nem chegaram a ser levadas para a incubadora.


As bebês nasceram unidas pelo tórax e compartilhavam coração, fígado e intestino. Segundo o que os médicos informaram à família, não havia o que se fazer para que as gêmeas tivessem expectativa de sobrevida.


Mesmo diante do quadro delicado, a família tinha esperanças de que elas reagissem bem após o parto. Contudo, após alguns dias, elas passaram a apresentar dificuldades e tiveram que ser mantidas permanentemente no oxigênio,


Nesta quarta-feira, 8, Alice Fernandes informou que a situação estava ficando muito difícil e manifestou o desejo de trazer as filhas para o Acre para serem conhecidas pelos familiares, o que não foi possível.


“No momento, a gente queria muito uma UTI aérea para poder levar as nenéns para o Acre novamente para os nossos familiares poderem ver elas também antes delas partirem. Nós viemos com a esperança de salvá-las, mas infelizmente não tem nada que possa e a cada dia elas estão ficando mais ruim”, disse a mãe.


Alice viajou para Brasília no último dia 25 de abril, junto com sua mãe, após conseguir vaga na capital federal por meio do serviço de Atendimento Fora do Domicílio (TFD). Ela foi internada no Hospital Materno Infantil no dia seguinte (26). O esposo, Adriano, seguiu alguns dias depois.


O drama da família de agricultores do ramal Santa Luzia, no Seringal Apodi, em Brasiléia, com acesso pela BR-317 (Estrada do Pacífico), com sentido ao município de Assis Brasil, chegou ao conhecimento público após o ac24horas divulgar reportagem a respeito do caso.


Alice contou que após engravidar realizou o primeiro exame de ultrassonografia, que indicou que ela esperava apenas uma criança. Um novo exame mostrou que ela estava esperando as duas meninas, mas o médico que realizou o procedimento não esclareceu a condição rara da gravidez.


“Na primeira ultrassom que fiz, com um mês, o médico falou que era só um bebê. Depois fiz outro na Unilab, em Brasiléia, quando descobri que eram dois bebês, duas meninas, mas o médico não me disse que elas estavam unidas. Quem fez a revelação foi o doutor Jean Alécio” explicou.


Encaminhada pelo médico para Rio Branco, Alice ficou hospitalizada na maternidade Bárbara Heliodora por cerca de dez dias, onde realizou novos exames, que comprovaram a situação identificada anteriormente. Após isso, ela ficou sendo acompanhada em casa até viajar para a capital federal.


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