Em situações de calamidade pública como ocorre nesse momento no Rio Grande do Sul, após as enchentes decorrentes das chuvas que atingiram o estado, é comum que os problemas sigam além dos alagamentos e perdas de casas. A falta de água potável para beber e lavar alimentos, por exemplo, é uma das circunstâncias que costumam gerar questões sérias como epidemias de doenças que podem evoluir para quadros graves e causar ainda mais mortes.
Em meio a essa situação dramática, o Ministério Público do Rio Grande do Sul recebeu denúncias de preços abusivos em produtos essenciais como a água – o órgão flagrou, por exemplo, postos de gasolina e mercados vendendo galões de água de 20 litros por 80 reais.
680 denúncias e duas prisões
Ao todo, até este sábado 18, o Ministério Público do estado recebeu cerca de 680 denúncias de preços abusivos praticados por tais comerciantes. Ainda segundo o órgão público, mais de 300 estabelecimentos foram fiscalizados e 65 foram autuados em Porto Alegre, e em Gravataí, Viamão, Cachoeirinha, Canoas e Alvorada, na Região Metropolitana, pelo mesmo motivo, com dois funcionários de postos de gasolina presos.
Farmácias e empresas de caminhão-pipa e revendas de gás e água também seguem essa prática e também estão sendo autuados pelo MP, que recebe denúncias pelo endereço eletrônico precoabusivo@mprs.mp.br.
Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, já são 155 mortos, 77.202 em abrigos e mais de 2,3 milhões de pessoas impactadas diretamente pelas enchentes que atingiram 461 municípios até este sábado.
Fonte: Veja