Empréstimos caem 1,6% e crédito para pessoas físicas avança 4,3% em abril

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O Banco Central informou nesta segunda-feira (27) que as concessões de empréstimos caíram 1,6% em abril deste ano. Por outro lado, o crédito para pessoas físicas subiu para 4,3% no mês.


Segundo o relatório “estatísticas monetárias e de crédito”, as concessões para pessoas físicas somaram R$ 278,6 bilhões. Em 12 meses, a alta registrada foi de 10,6%. Para pessoas jurídicas, as concessões recuaram 6,8% em abril ante março, para R$ 227,2 bilhões. Nos 12 meses fechados em abril, houve alta de 4,5%.


De acordo com os dados, em abril, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 16,7 trilhões, equivalente a 150,7% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 0,9% no mês, com a elevação dos saldos títulos públicos de dívida (1,4%) e dos empréstimos externos (2,2%).


Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 10,4%, prevalecendo as elevações dos títulos de dívida (13,0%) e da carteira de empréstimos do Setor Financeiro Nacional (SFN) em 8,4%.


O crédito ampliado às famílias ficou em R$ 3,9 trilhões (35,3% do PIB) em abril, com aumentos de 0,8% no mês e de 10,8% em doze meses, em função do incremento nos empréstimos do SFN.


De acordo com o BC, esse resultado mostrou-se mais significativo no crédito não rotativo, que aumentou 0,8% no mês e 9,2% em doze meses. No crédito rotativo, as altas foram de 0,8% e 8,0%, na ordem.


Juros do rotativo avança

A autoridade monetária também informou que os juros cobrados pelas instituições financeiras nas operações com cartão de crédito rotativo avançaram 2,2 pontos percentuais em abril, e atingiram 423,5% ao ano.


Este é o maior patamar desde dezembro de 2023, quando o valor foi de 442,1% ao ano.


Segundo o BC, é o segundo avanço consecutivo em 2024. Em março, o valor do rotativo foi de 421,3% ao ano.Pela norma, os bancos não podem cobrar juros acima de 100% do total da dívida.


Ou seja, o consumidor que paga apenas parte da fatura e fica devendo um valor no próximo mês, não mais irá mais ser submetido a juros tão altos, os quais até mesmo ultrapassavam o dobro do valor não quitado.


O rotativo é uma espécie de empréstimo pessoal de curto prazo do banco quando o cliente deixa de pagar ou não paga todo o valor da fatura do cartão de crédito e deixa uma diferença para o próximo mês.


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