BC faz nova fase de testes no Drex e Real Digital poderá ser lançado só em 2025

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O Banco Central (BC) informou nesta quarta-feira (22) que as soluções de segurança e privacidade do projeto-piloto do Drex, o Real Digital, “não apresentaram a maturidade necessária” e a autarquia decidiu por uma segunda fase de testes antes de abrir o sistema ao público. Com o adiamento, a nova moeda poderá ser lançada só em 2025.


A autoridade monetária informou que a segunda fase tem por objetivo incorporar novas funcionalidades e realizar novos testes “promovendo a evolução e a maturação da plataforma”.


“As soluções tecnológicas de privacidade testadas até o presente estágio do Piloto não apresentaram a maturidade necessária para que se possa garantir o atendimento de todos os requisitos jurídicos relacionados à preservação da privacidade dos cidadãos, apesar de terem evoluído ao longo do tempo”, disse o BC em nota.


De acordo com as informações da autarquia, esta fase vai avaliar a infraestrutura criada para o Piloto com Tecnologia de Registro Distribuído (DLT) que testará a implementação de smart contracts criados e geridos por terceiros participantes da plataforma ao longo do terceiro trimestre, que deverão estar prontos até o fim do segundo semestre de 2025.


Os participantes poderão criar e gerenciar serviços próprios e novos modelos de negócios, não se limitando mais a serviços criados pelo BC.


Ainda será necessário avaliar diferentes casos de uso, atendendo os requisitos de privacidade exigidos pela legislação em vigor.


“Serão incluídos no ambiente de testes ativos não regulados pelo BC. Para tanto, haverá necessidade de se assegurar a participação ativa de outros reguladores na plataforma Drex, em especial da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que já acompanha a evolução da moeda digital do Brasil”, pontuou o BC.


De acordo com a autoridade monetária, ainda nas próximas semanas o BC vai abrir novo prazo para que os atuais participantes do Piloto do Drex apresentem propostas de casos de uso. As iniciativas selecionadas passarão a ser testadas a partir de julho.


Greve de servidores

No começo do ano, os servidores do Banco Central realizaram duas greves reivindicando um bônus por produtividade e mais reajuste de 36% nos salários dos funcionários do órgão.


A ação provocou atrasos de divulgação de boletins e outras informações, cancelamento de reuniões, agendas com o Sistema Financeiro Nacional, além de atrasos ainda maiores de projetos do Drex.


Em abril, os servidores aceitaram uma proposta de recomposição parcial dos salários feita pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI). A proposta ofereceu uma correção média de 6,7% nos vencimentos a partir de janeiro de 2025 e 10,9% em maio de 2026. Mesmo assim, se declararam “insatisfeitos” com os valores.


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