Inteligência artificial reduzirá força de trabalho dentro de cinco anos, dizem executivos

A IA está surgindo "como um grande disruptor no mundo do trabalho", disse Denis Machuel, executivo-chefe do Adecco Group, em um comunicado REUTERS/Dado Ruvic

O uso da inteligência artificial (IA) reduzirá o número de trabalhadores em milhares de empresas nos próximos cinco anos, de acordo com uma pesquisa global com executivos de alto escalão publicada nesta sexta-feira (5).


A ampla pesquisa com 2.000 executivos, realizada pela empresa suíça de recrutamento Adecco Group em colaboração com a empresa de pesquisa Oxford Economics, mostrou que 41% deles esperam empregar menos pessoas devido à tecnologia.


Os resultados da pesquisa fornecem outra indicação do potencial da IA e da IA generativa — que pode criar textos, imagens e outros conteúdos originais em resposta a solicitações dos usuários — para revolucionar o emprego e a maneira como as pessoas trabalham.


A IA está surgindo “como um grande disruptor no mundo do trabalho”, disse Denis Machuel, executivo-chefe do Adecco Group, em comunicado.


“As empresas devem fazer mais para requalificar e reimplantar equipes para aproveitar ao máximo esse salto tecnológico e evitar transtornos desnecessários”, pontuou.


Os executivos pesquisados trabalham em 18 setores — incluindo energia, varejo e setor automotivo — em nove países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Japão. Suas forças de trabalho representam empregos de colarinho branco e de menor qualificação.


Cerca de 46% dos executivos afirmaram que remanejariam funcionários internamente se seus empregos fossem afetados pela IA.


E dois terços disseram planejarem recrutar pessoas qualificadas em IA, em comparação com pouco mais de um terço que disse que treinaria sua força de trabalho existente na tecnologia.


A pesquisa é mais sombria para os trabalhadores do que outro grande levantamento, realizada pelo Fórum Econômico Mundial no ano passado.


As respostas de mais de 800 empresas globais mostraram que um quarto delas esperava que a IA causasse perda de empregos, enquanto metade achava que a tecnologia criaria novos empregos.


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