Durante uma audiência pública que ocorre nesta quinta-feira, 25, na Assembleia Legislativa que visa tratar sobre valorização dos servidores da Segurança Pública do Acre, o policial penal Eden Azevedo, presidente da Associação dos Policiais Penais, expos a situação em que se encontram os agentes de segurança. Durante a sua fala no plenário da Aleac, Azevedo cobrou “uma maior sensibilização do governo para olhar mais para os servidores, que possam ser valorizados, nos Planos de Carreira”. A audiência foi proposta pelo deputado Arlenilson Cunha (PL).
O policial revelou uma informação incomoda para o governo do Acre, que as facções criminosas não tomaram apenas o controle dos presídios, mas de todo o Estado. “As facções criminosas não tomam conta só dos presídios, mas de todos os municípios do interior. Isso aconteceu devido a desvalorização do sistema penitenciário. O governo não tem reconhecido o trabalho dos policiais penais. Os policias dão curso para as policiais de fora. Hoje nós somos o pior salário da segurança pública e temos o 23 pior do país. Todas às vezes esbarramos na LRF. Ontem eu fui abordado pelo Policial Penal que mora no belo jardim. Hoje não temos como financiar uma casa em um bairro melhor. O que foi feito na rebelião do Antonio Amaro, nada. É o reflexo da política publica do nosso Estado. Eu peço a equipe de governo sensibilidade”, disse.
Azevedo ainda criticou o governador Gladson Cameli por não atender demandas da Polícia Penal. “Hoje a Policia Penal nao é atendida pelko governador Gladson Cameli. Os policiais penais pedem socorro. Nós somos o termômetro. Sábado agora tem visitas nos presidios. Nove policiais para cuidar de 1.200 presos. Mais uma vez os policiais penais são vitimas da ingerência do governo”, frisou.