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“Vou cobrar o acordo Mercosul-União Europeia”, diz Alckmin sobre encontro com Macron

Vice-presidente Geraldo Alckmin durante reunião em Brasília 25/05/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quarta-feira (27) que pretende cobrar o presidente francês Emmanuel Macron em relação ao acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.


Alckmin planeja apresentar suas demandas durante uma reunião reservada agendada para hoje em São Paulo, onde buscará avançar nas discussões em torno da conclusão do acordo entre os dois blocos econômicos.


A afirmação do vice-presidente ocorreu durante participação no seminário sobre biodiesel e industrialização nos municípios, em Brasília.


“Nós vamos ter um encontro na Fiesp e eu vou cobrar o acordo Mercosul-União Europeia, como também Mercosul-EFTA. Enfim, abrir mercado, fundamental para nós conquistarmos mercado”, afirmou.


A oposição de Macron ao acordo com o Mercosul é motivada principalmente por questões políticas domésticas, devido às preocupações com o enfraquecimento do setor agrícola francês.


O acordo proposto entre Mercosul e União Europeia representaria a criação de uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, englobando um mercado consumidor de quase 720 milhões de pessoas e aproximadamente 20% da economia global. Em 2022, a União Europeia foi o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com uma corrente bilateral de mais de US$ 95 bilhões.


Embora a França seja apenas o 15º maior parceiro comercial do Brasil, representando 1,45% de participação no mercado e o 5º maior investidor direto no país, as exportações para a França cresceram 11% nos últimos cinco anos, enquanto as importações aumentaram em 12%. No entanto, a participação brasileira no mercado francês ainda é modesta, representando apenas 0,5%.


Além disso, Geraldo Alckmin ressaltou que, embora a pauta da reunião seja aberta, questões cruciais como segurança alimentar, segurança energética e mudanças climáticas estarão em destaque.


“O Brasil é protagonista nesses três debates, então, é evidente que vai estar na conversa. […] Hoje, o mundo tem três debates: segurança alimentar, segurança energética e clima, e o Brasil é protagonista nesses três debates, então, é evidente que vai estar na conversa a questão segurança alimentar, segurança energética e clima”, finalizou.


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