The Offspring vem ao Lolla com pop punk cada vez mais clássico, após três vindas ao Rock in Rio

Foto: Fábio Tito/G1


Após três participações no Rock in Rio, e shows em outros festivais como os Planetas Terra e Atlântida, o Offspring vem ao Lollapalooza com seu som pop punk cada vez mais clássico. A banda californiana toca no dia 22 de março, o primeiro do festival, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.


Além dos festivais, a banda fez turnês por aqui com o Bad Religion (em 2019) e com o Pennywise (2020). Abaixo, o g1 relembra as principais passagens da banda pelo Brasil:


2008 – Festival Planeta Terra

 


Dexter Holland, do Offspring, canta com a banda em festival paulistano em 2008 — Foto: Mateus Mondini/G1

Dexter Holland, do Offspring, canta com a banda em festival paulistano em 2008 — Foto: Mateus Mondini/G1

Na quarta vez no Brasil, o grupo se apresentou no festival paulistano Planeta Terra. “O público é incrível, tem muita energia. Se você quer ver um show realmente animado, tem que tocar na América do Sul”, elogiou o guitarrista Noodles.


Em review publicado em 2008, o g1 explicou que eles mostraram o motivo de serem um dos headliners de um festival com uma escalação mais voltada ao indie rock. Com pinta de tiozões, o quarteto chamou a atenção por se firmar como uma banda “clássica” do punk.


Só assim para terem desfilado um repertório invejável de hits enquanto o público abria rodas de pogo gigantescas: de “Bad habit” e “Come out and play” a “All I want” e “Pretty fly”, passando por músicas do novo álbum, “Rise and fall, rage and grace”, como “Hammerhead” e “Kristy, are you doing okay?”.


2013 – Rock in Rio

 


The Offspring anima o público no Palco Sunset no Rock in Rio 2013 — Foto: Luciano Oliveira/G1

The Offspring anima o público no Palco Sunset no Rock in Rio 2013 — Foto: Luciano Oliveira/G1

Cinco anos depois, o Offspring provou ser uma banda grande demais para o espaço e a potência do som reduzidos do Palco Sunset do Rock in Rio. O público cantou hits de punk pop dos anos 90 como “All I want” e “Come out and play”. Mas um dos maiores coros foi de “Aumenta! Aumenta!”, para os responsáveis pelo som.


Mais perto do palco, onde o som era um pouco mais potente, houve empurra-empurra entre os que queriam abrir rodas de mosh. O espaço era pequeno para isso. No fim, quando uma parte do público já tinha ido ver o Thirty Seconds to Mars no Palco Mundo, a banda voltou e chamou o baterista Marky Ramone para tocar “California sun”, do repertório dos Ramones e “R.A.M.O.N.E.S”, do Motörhead.


“No começo, fazíamos shows como hobby, tocávamos para 8 pessoas, e amávamos. Nos últimos 20 anos, estamos viajando o mundo e continuamos empolgados”, disse o baixista antes do show.


 


O músico disse ainda que via “rostos jovens” nos shows. “Nós somos como vampiros, nos alimentamos da energia desses adolescentes. Obviamente eles não estavam lá em 94, mas também ainda vemos pessoas que vão aos shows porque são fãs desde ‘Smash’ e do ‘Americana'”, contou, citando os dois álbuns mais famosos da banda.


Quando retornaram em 2014, para show no festival Planeta Atlântida, a banda mostrou estar de bom humor. Ao ser perguntada sobre sua banda brasileira favorita, eles responderam: “Charlie Brown Jr. Nós gostamos muito deles. Fiquei triste em saber do acontecido, mas eles eram uma ótima banda. Caras muito legais”, disse o baixista.


Eles garantiram que preferem tocar em grandes eventos, em vez de turnês próprias:


“Em festivais, tem uma atmosfera de festa diferente, porque não é dentro de um local fechado, luzes por tudo. Claro que tem mais tensão, mais nervosismo, mas é muito divertido uma festa ao ar livre.”


Vocês têm que tocar os sucessos e não apenas músicas novas, certo? “Claro! Exceto “Pretty Fly (For a White Guy)” e “Self Esteem”, essas não vamos tocar”, respondeu rindo, com ironia e simpatia. “Na verdade, amamos essas músicas. E os fãs também. Nós sabemos que tem hits que temos de tocar.”


2017 – Rock in Rio

 


Em 2017, na volta ao festival carioca, foram promovidos para o palco principal, e justificaram a subida com louvor. Ainda eram os discos dos anos 90 (“Smash”, “Ixnay on the hombre” e “Americana”) que abastecem quase todo o show.


Das 16 músicas tocadas, seis eram de “Americana”, o disco mais famoso deles no Brasil. A sequência final foi matadora, com “Why don’t you get a job”, “Americana”, “Pretty Fly (For a White Guy)”, “The Kids Aren’t Alright” e “Self Esteem”. A euforia era tanta que rolaram até rodas de pogo com pessoas segurando sinalizadores.


2022 – Rock in Rio

Antes do show no Rock in Rio 2022, a banda pediu para que as fotos da imprensa fossem aprovadas previamente por eles. A banda de pop punk fez uma exigência de veterano pop, nada punk.


No festival, o vocalista Dexter Holland não estava em seu melhor momento. A voz não chegou a estragar o show para os fãs, mas ele desafinou e rateou em músicas como “Gotta get away”, “Pretty Fly (for a White Guy)” e “Self esteem”. Parecia estar de bateria fraca.


Os discursos e a simpatia foram terceirizados para o guitarrista Noodles. Ele diz “vocês são lindos” e comanda um bem-humorado coro de “fuck you” como se fosse o “ê-ô” de Freddie Mercury em versão boca suja.


O coro foi o único momento remetendo ao ótimo Offspring zoeira dos anos 90. O fraco álbum “Let the Bad Times Roll” (2021), que esfriava o meio da apresentação, e o vocalista com a garganta em apuros não ajudaram.


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