Oito meses após a colisão que arrancou a perna de Renan Felipe Bezerra da Silva, o motoboy recebeu uma prótese nessa quinta-feira (28) e utilizou o componente pela primeira vez. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou estar grato pelo momento (veja abaixo).
Ao g1, Silva contou que o item foi adquirido com ajuda de familiares. Ele não soube informar o custo da prótese, mas disse que está reaprendendo a viver a nova realidade.
“Estou indo devagar. Estou aprendendo novamente. Deus sempre na frente. É uma nova vida também, mas graças a Deus estou vivo e com a minha família. Complicado mesmo é sem poder trabalhar, o dinheiro também aperta um pouco”, relatou.
Em novembro, Silva disse que passava por dificuldades financeiras após a colisão, já que não conseguia trabalhar. Agora, ele conta que a situação não mudou muito, e que espera o andamento do processo. O condutor Caio Henrique Oliveira Poersch foi indiciado por lesão corporal culposa.
Com o desafio de manter as contas da família em dia, ele destaca que, assim como na compra da prótese, o apoio de amigos e familiares tem sido vital.
“Graças a Deus, os meus amigos me ajudaram muito nesse processo, de depressão, de ansiedade. Isso foi muito importante na minha vida”, destacou.
Poersch foi indiciado por lesão corporal culposa, artigo 303 do Código de Trânsito Brasileiro. Conforme apurado pelo g1, a decisão do dia 19 de outubro deste ano cita que Poersch dirigia acima da velocidade permitida na via, e feriu quatro pessoas.
Além do motociclista, ficaram feridos o passageiro que Silva levava e um casal de estudantes que estava em um carro que também foi atingido por Poersch. A investigação também verificou que Poersch estava com a CNH vencida desde 2021, e que tem um longo histórico de infrações e multas. Sobre a conclusão do inquérito, Silva avalia como uma resposta satisfatória ao caso.
“É uma vitória, graças a Deus, saiu esse inquérito e foi tudo a meu favor. Querendo ou não, destruiu minha vida. Estava trabalhando, e de repente aconteceu isso. Um transtorno muito grande, tanto para mim, quanto para minha família. Graças a Deus escapei com vida, e estou em casa. Mas é muito satisfatório quando a Justiça caminha para o certo. Fiquei feliz que saiu esse inquérito da Polícia Civil”, comenta.
‘Não adianta guardar raiva’