Após meses intensos de preparação, o lutador acreano Kennedy Ferreira, de 29 anos, conseguiu uma vaga na Seleção Brasileira de Kung Fu, na modalidade Boxe Chinês (Sanda). No último sábado, 23, ele derrotou Alex da Silva, de Santa Catarina, e agora vai representar o Acre e o Brasil nas competições internacionais da modalidade.
A seletiva da Confederação Brasileira de Kungfu Wushu (CBKW) foi realizada neste sábado e domingo, 23 e 24, em Campinas (SP). As passagens para que Kennedy pudesse participar da seletiva foram disponibilizadas pela Secretaria Adjunta de Articulação Esportiva e Juventude do Acre.
Kennedy Ferreira foi descoberto em um projeto social há 12 anos pelo heptacampeão brasileiro de boxe chinês Adgeferson Diniz. Após ingressar na modalidade, ele garantiu títulos importantes como o ouro no Pan-Americano e o bicampeonato brasileiro.
Após a conquista, o lutador relembrou que passou um ano parado devido a uma lesão, mas que se dedicou para representar o Brasil.
“Graças a Deus, a gente conseguiu a vitória. A luta não foi fácil, estou há um ano parado, estou vindo de uma lesão, mas conseguimos mais essa vitória. Agora vamos nos preparar forte e vamos representar o Brasil mais uma vez; nosso objetivo é buscar o ouro”, disse.
Ele também agradeceu a todos os envolvidos em sua preparação e ao governo do Estado, por meio da secretaria.
Ney Amorim, titular da pasta, falou da importância desse incentivo para que outros atletas do estado possam se destacar. “É uma alegria muito grande poder apoiar atletas como ele, que são preparados com muita qualidade e que vão representar, sem sombra de dúvida, o Brasil nessas competições. No nosso estado, temos muito bons atletas em várias modalidades esportivas”, disse.
O secretário reforçou que tem acompanhado a trajetória de Kennedy há muitos anos e que ele é um exemplo de como o esporte pode mudar a vida das pessoas.
“Ele é um atleta que vem de projetos sociais e está trazendo grandes conquistas para o Brasil e para o nosso estado. E é isso que o governo do Gladson Cameli pede pra gente: apoiar. Então, por orientação do nosso governador, a nossa secretaria acabou dando o apoio necessário para que ele pudesse participar dessa competição”, disse.
Além das passagens, o atleta teve ajuda dos colegas do Centro de Treinamento Pitbull, que ajudaram com os custos da viagem. O CT em que todos fazem parte é conhecido por ser uma família: a família Pitbull. E, pensando na coletividade, como prega a arte marcial, os alunos têm ajudado.
Um campeão não nasce sozinho. Nessa caminhada, Kennedy contou com o apoio dos demais professores Francisco Magary, Roger Coelho e do instrutor Gabriel Aguiar. Heider Pereira também faz parte dessa intensa preparação e, assim como preparou Adgeferson, também acompanha Kennedy nesse processo.