Antes da sentença em fevereiro, porém, o empresário confirmou que tinha emprestado 150 mil euros “para um amigo”. O valor foi usado como um atenuante para a pena de prisão. Tanto a defesa da vítima quanto o Ministério Público recorreram da sentença.
Na última sexta-feira (22), a promotoria também pediu à Justiça a revisão da liberdade provisória concedida ao atleta.
Daniel Alves terá os passaportes brasileiro e espanhol retidos, deverá comparecer à Justiça semanalmente e não poderá se aproximar a menos de um quilômetro da vítima.
Veja as condições para a liberdade provisória de Daniel Alves
- •Fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões);
- •Retirada dos passaportes brasileiro e espanhol;
- •Distância de pelo menos 1 km e incomunicabilidade com a vítima (por nove anos e seis meses);
- •Não pode deixar a Espanha;
- •Deve se apresentar ao tribunal semanalmente;
A condenação por estupro
O lateral-direito brasileiro Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por estupro na Espanha. A sentença foi comunicada pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha no último dia 22 de fevereiro.
O jogador já passou mais de um ano na prisão, tempo que será descontado da condenação.
O julgamento
O julgamento de Daniel Alves, acusado de agredir sexualmente uma mulher em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022, chegou ao fim em 7 de fevereiro e durou três dias. Foram ouvidas testemunhas, a vítima, peritos e o acusado.
O Tribunal de Barcelona decidiu manter o julgamento mesmo com o pedido da defesa do atleta para que houvesse uma suspensão por violação de direitos como o da presunção de inocência.
Os magistrados consideraram que nenhum direito foi violado. O tribunal disse que Daniel Alves contou com a presença de uma advogada desde o momento em que foi preso, o que não caracteriza violação de direitos.
Em depoimento, o jogador chorou, alegou uso excessivo de bebida alcóolica e negou que tenha praticado estupro. Na época, a vítima tinha 23 anos. Ela acusa o jogador de agressão sexual.