O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Acre, Ronald Polanco Ribeiro, defendeu durante assembleia com representantes dos 22 municípios do estado, na Associação dos Municípios do Acre, nesta sexta-feira, 15, a criação de represas no rio Acre e outras medidas para amenizar o problema das secas e cheias.
Em seu discurso, durante reunião do Consórcio Intermunicipal de Coleta de Resíduos Sólidos, Ronald Polanco falou sobre a necessidade de pensar em soluções para os problemas contemporâneos, frente a seca e a cheia dos rios, por exemplo. Neste sentido, opinou que devam ser construídas represas no rio Acre, que Brasiléia seja transformada numa cidade sobre palafitas, e que sejam plantadas árvores nas encostas dos rios.
“O Rio Acre era antigamente navegado por barcos grandes, de até 12 toneladas, e hoje vivemos nessa situação entre secas de longo prazo e cheias de curto prazo, que se intensificam cada vez mais. Para reter água na cheia e liberar no verão, poderiam ser feitas barreiras ao longo do rio, que nos possibilite o controle da água”, afirmou Ronald Polanco.
Ao falar sobre a tragédia ocorrida em Brasiléia, no interior do Acre, que sofreu com a maior cheia da história, Polanco disse que uma alternativa seria transformá-la em uma “cidade das palafitas”. “É uma região que tá alagando praticamente todo ano, e é isso que faz outras cidades adotarem esse sistema de palafitas”, disse.
O conselheiro disse ainda que há de se pensar na reposição florestal ao longo do rio Acre e de seus afluentes, e na geração de empregos na área de biodiversidade. “Podemos fazer isso com espécies nativas, onde tanto pássaros quanto onças, capivaras, veados, pacas, se alimentam. Temos que investir em mão de obra qualificada na área [biodiversidade] para conseguir avançar”, concluiu.
O senador Alan Rick, presente da reunião, disse que trabalha junto com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente para solicitar à Universidade Federal do Acre um estudo sobre a viabilidade da questão das represas.