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Reação de chanceler contra o governo de Israel foi alinhada com Planalto, dizem fontes

A dura declaração do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, contra o governo de Israel foi calculada com o Palácio do Planalto. O discurso é uma reação às críticas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sofrido por comparar a ofensiva israelense na Faixa de Gaza com o holocausto.


O Planalto entendeu que era preciso endurecer a reação ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Nesta terça-feira (20), Israel voltou a cobrar que Lula se desculpasse.


A estratégia, ao acusar Israel de divulgar fake news, tem dois objetivos. O primeiro é buscar uma blindagem internacional. O outro é criar um escudo para evitar desgaste interno diante da artilharia da oposição.


Inicialmente, a orientação era seguir o tratamento diplomático até a crise arrefecer nos próximos dias, mas as publicações israelenses ao longo do dia motivaram a mudança da estratégia brasileira.


Em tom de provocação, o ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, no X (antigo Twitter), escreveu em português a Lula às 11h12 (horário do Brasil): “Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler? É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?”, questionou.


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