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Por meio da inteligência artificial, pesquisa busca facilitar manejo animal no Acre

Uma das pesquisas em andamento por meio do Programa Primeiros Projetos (PPP) pretende chegar a um sistema tecnológico que vai facilitar o manejo do gado no estado do Acre. A ideia é que, por meio de drone e um dispositivo colocado no animal, o dono do rebanho tenha informações, como pesagem e saúde do animal.


Atualmente, seis projetos foram aprovados nesse programa que recebe investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ao todo, esses projetos receberam R$ 420 mil.


Pesquisa quer desenvolver um sistema que, por meio da inteligência artificial, vai agilizar o manejo animal. Foto: Cedida

O objetivo do projeto do doutor em engenharia elétrica, Pablo Torrez Caballero, é elaborar algoritmos de estimação de volume de gado através da combinação de métodos e técnicas, com processamento de imagens, visando estimar o volume do boi que tenha potencial para a pecuária.


“O objetivo é a gente ter uma forma de estimar o volume das vacas, isso com a ajuda de um drone. Inicialmente, a ideia é que esse drone, ao passar e identificar o animal, consiga reconstruir o volume e estimar o peso. Como isso precisa muito do poder computacional, o desafio é chegar a um programa que seja mais leve em termos de computação e tentar fazer com que um celular consiga fazer essa tarefa enquanto recebe o feed do drone”, explica.


Atualmente, para se obter essas informações, o rebanho precisa ser direcionado para um balança, onde todo esse trabalho é feito de forma manual.


“O objetivo do projeto é que esse trabalho pudesse ser feito apenas com o drone, que te daria esses dados.  Pelo menos conseguimos saber o estado desse animal, se está doente, inchado, se tem algum problema. Nesse sistema, por meio da inteligência artificial, seria mais confortável”, pontua.


Ao sobrevoar uma área com o rebanho, o drone detectaria o animal e passaria as informações para um aplicativo do celular. O tempo de desenvolvimento desse estudo dentro do programa é de 18 meses. Os recursos foram disponibilizados em dezembro do ano passado, quando os pesquisadores iniciaram os processos.


Ao detectar o animal, informações seriam disponibilizadas em um aplicativo no celular. Foto: cedida

Tecnologias a favor do desenvolvimento

Para o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), José Francisco Thum, esse tipo de pesquisa é importante para que os avanços cheguem realmente a quem precisa. Ele destacou também a questão do custo benefício.


“Essa é uma iniciativa que pretende disponibilizar, procurar facilitar a vida, principalmente do pequeno produtor. É uma ferramenta importante que vem a somar a tantas já existentes nesse meio que envolve a parte de melhoramento e avaliações genéticas e a parte nutricional. Ela vem também para facilitar o trabalho principalmente do pequeno produtor que não dispõe de recursos para comprar uma balança ou instalar uma balança na sua propriedade devido aos altos custos”, completa.


Thum reforça ainda que essas medidas de facilitação resultam no aumento da produtividade e renda no setor. “Essas tecnologias que ainda estão sendo desenvolvidas, assim como as já implantadas facilitam a vida do produtor e tecnifica cada vez mais o trabalho”, destaca o presidente.


Pablo Torrez Caballero tenta criar algoritmo para ser usado em manejo animal no estado. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Pesquisas

A interação entre meio ambiente e desenvolvimento é definida como bioeconomia, e o governo do Acre, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac), em parceria com Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), está investindo R$ 420 mil em seis pesquisas que devem fazer o estado avançar nessa área, que tem sido um dos focos da gestão de Gladson Cameli.


Os recursos são provenientes do Edital nº 002/2023 – Programa Primeiros Projetos (PPP), que tem o objetivo de apoiar pesquisadores com, no máximo, oito anos de doutorado e que não sejam bolsistas de produtividade do CNPq. Todos os projetos são executados por pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e cada um teve o investimento de R$ 70 mil e tem prazo de execução de 18 meses, contando desde dezembro do ano passado.


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