Mato Grosso e Cuiabá rescindem contrato com MedTrauma e Acre fica em silêncio

Após denúncia, Mato Grosso e Cuiabá rescindem contratos com MedTrauma e o governo do Acre fica em silêncio após reportagem do Fantástico, no último domingo, 18, que mostrou a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Federal contra denúncias de superfaturamento e fraude da empresa de serviços ortopédicos Medtrauma nos estados do Acre, Mato Grosso e Roraima.


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O governo do estado mato-grossense e a prefeitura de Cuiabá anunciaram medidas para investigar os supostos crimes com dinheiro público da saúde.


Com a repercussão, nesta segunda-feira, 19, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, determinou o cancelamento de todas as adesões de Atas de Registro de Preço dos contratos com a Medtrauma e mandou realizar uma auditoria interna de todos os pagamentos feitos à empresa.


Já o governo do Mato Grosso também agiu e anunciou a rescisão de contrato com a Medtrauma.


No caso da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), não houve nenhum novo posicionamento em relação à apuração das possíveis denúncias irregularidades. Um levantamento feito pelo ac24horas, com base em dados do Portal da Transparência, mostram que o governo do estado repassou para a empresa nos últimos dois anos cerca de R$ 56 milhões.


Procurada, a Sesacre não deu retorno sobre se irá adotar algum tipo de providência para verificar os pagamentos. Até agora, o único posicionamento da gestão da saúde acreana foi dado ao Fantástico, onde afirma que a licitação para contratar a MedTrauma seguiu a legislação e que depois que a CGU apontou prática de superfaturamento, intensificou a fiscalização e não encontrou nada que desabone a empresa.


ac24horas mostrou ainda que o atual secretário Pedro Pascoal tentou se livrar da fiscalização dos órgãos federais como o TCU, CGU e PF ao afirmar que o contrato com a Medtrauma estava sendo pago apenas com recursos próprios, o que tiraria a investigação do âmbito federal. No entanto, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União discordam e afirmam que há recurso federal envolvido e por isso, é necessária a continuidade das investigações.


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