A massagista que acusa Thales Lessa de tê-la importunado sexualmente em um hotel de Araxá, no Alto Paranaíba, estava no segundo dia de trabalho no estabelecimento. O cantor sertanejo foi preso em flagrante na última segunda-feira (12), mas pagou fiança de R$ 7 mil e deixou a prisão.
Em nota enviada ao g1 pela acusação na sexta-feira (16), a mulher afirmou que Lessa ejaculou mesmo após pedidos para que parasse. Ele também perguntou se ela tinha namorado e se o companheiro não se importava com a função exercia.
A nota informou, ainda, que a massagista quer se manter em anonimato e confia na competência dos órgãos e instituições que investigam o caso. Leia o pronunciamento completo mais abaixo.
PM foi chamada pela gerência do hotel
A PM foi chamada pela gerência do hotel, que relatou que a funcionária do setor de massagem havia sido importunada sexualmente pelo cantor, que estava hospedado no local. Ele deixou o estabelecimento logo após o acontecido.
No entanto, Lessa foi abordado próximo à Nova Ponte e levado para a Polícia Civil para depor. À corporação, o sertanejo alegou que é cliente habitual do serviço de massagem do hotel.
Ele afirmou, ainda, que tem o hábito de ficar nu durante a sessão e que nada saiu da normalidade quando foi atendido pela funcionária.
Em nota, a Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante do cantor, que teve a liberdade provisória concedida na tarde de terça-feira (13), após audiência de custódia e pagamento de fiança de R$ 7 mil. A investigação do caso está a cargo da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Araxá.
O que diz a defesa da vítima?
“Inicialmente queremos enfatizar o agradecimento a todos que estenderam apoio e conforto à nossa cliente nos últimos dias.
A vítima que, ao exercer o seu trabalho, teve esse infortúnio cometido pelas atitudes nefastas do acusado passa por um momento de absoluto abalo psicológico, assim como todas as vítimas de crimes sexuais.
Cabe ressaltar que a vítima possui no momento desejos cabais: (i) se manter em total anonimato; (ii) confiar na lisura e competência dos órgãos e instituições que investigam e processam o caso; (iii) não ser mais um caso de silenciamento feminino.
O advogado da vítima gostaria de ressaltar que no dia dos fatos a mesma se encontrava em seu SEGUNDO dia neste emprego, que fora questionada pelo autor se a mesma possuía namorado e se o mesmo não se importava da função que estava exercendo. Ademais, a vítima pediu e reiterou ao acusado que não se despisse, além de ratificar o pedido quanto a não retirada da toalha que tapava o órgão genital do Sr. THALES ALLAN SANTOS HUMBERTO. Em ato derradeiro, o acusado ejaculou. De imediato a vítima chamou os gerentes do Hotel TAUÁ e a Polícia Militar de Minas Gerais.
Por fim, a vítima e seus advogados rogam aos meios de imprensa e perfis de notícias em redes sociais, que não haja exposição da sua imagem, mantendo-a longe de holofotes e, o mais importante, se recuperando dos traumas já causados pela importunação sexual.”