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Falta de boxes faz abrigados perderem móveis na chuva: “não perdemos na alagação para perder no abrigo”

Desabrigados pela cheia do Rio Acre acolhidos no Parque de Exposições Wildy Viana, no segundo distrito de Rio Branco, têm reclamado dos ritos protocolares para recebimento de materiais de higiene e falta de boxes.


A moradora do bairro Taquari, Camila Almeida, disse que chegou ao Parque de Exposições há dois dias e ainda não conseguiu se abrigar em box. “Me jogaram em um galpão. Veio uma chuva e fiquei com as coisas todas molhadas. Não nos dão previsão de nada, nos tratam com arrogância. Aqui onde nos dão material de higiene só tem um atendente”, afirmou.


Segundo a secretaria de Assistência Social de Rio Branco, Suellen Araújo, não há demora para a entrega de objetos dentro do parque: “não é uma demora, é um cuidado, porque após essa crise nós vamos ter que prestar contas. Aqui tudo foi comprado com dinheiro público, então tem que ser seguido um rito legal”, disse a gestora.


Em relação ao número de boxes, o secretário de Infraestrutura de Rio Branco, Cid Ferreira, disse que nesta quarta-feira, 28, 200 homens da secretaria trabalham na construção de 200 boxes, que devem ser entregues até o fim do dia. “Do momento em que fomos acionados, no sábado, começamos a trabalhar intensamente. Agora, problema é muito difícil não ter, mas estamos trabalhando para suprir o fluxo, que aumenta aqui no parque a cada minuto. Há também uma dificuldade de material, porque outros municípios em crise também compraram materiais em Rio Branco, então só hoje a noite já chegaram 800 folhas de madeirite de Porto Velho”, disse.


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