O ‘casal maloka’ saiu das ruas e, em pouco mais de um mês, abriu o próprio negócio. Gabrielly Miguel e Douglas Martins tiveram as vidas mudadas após viralizarem na internet mostrando a rotina como pessoas em situação de rua. Ao g1, eles analisaram a própria trajetória e o atual momento de vida, como proprietários de um salão de beleza. “Muita gratidão”, desabafaram.
Gabrielly, cabeleireira trans de 25 anos, e Douglas, entregador de aplicativo de 33 anos, vivem em uma casa alugada em Santos, no litoral paulista. Até o início de janeiro, porém, eles ainda estavam em situação de rua. O casal disse ter dormido nas calçadas da cidade por dois anos antes do sucesso.
A mudança de vida começou quando eles pegaram um celular emprestado com um amigo e criaram um perfil sobre a rotina de quem ‘mora’ em uma barraca na rua. Os conteúdos viralizaram e, atualmente, o perfil deles no Instagram conta com mais de 2 milhões de seguidores.
O ‘Studio Gabrielly Miguel’ fica em São José dos Campos (SP). Segundo o casal, o investimento no estabelecimento foi possível com a ajuda dos milhões de seguidores e também de outro influenciador brasileiro.
“O sentimento é de muita gratidão e felicidade”, disse o casal ao g1, sobre a mudança de vida.
Seguidores e o salão
O salão foi aberto na última semana e, segundo Gabrielly, oferece serviços de beleza para cabelos, unhas, sobrancelhas e cílios. O espaço conta com três funcionários, de acordo com ela.
A possibilidade de abrir o negócio, segundo ela, veio por meio de uma ‘vaquinha’ dos seguidores que teria o valor destinado à compra dos móveis para a casa deles.
Com o sucesso do ‘Casal Maloka’, um influenciador brasileiro entrou em contato e assumiu o valor da mobília e demais utensílios domésticos , deixando o dinheiro arrecadado para que eles pudessem investir no futuro deles.
“Ele entrou em contato e perguntou o que estava faltando [na casa]. Disse que era para eu ir até uma loja e passar o valor. Compramos tudo, ele fez o pagamento e as coisas chegaram aqui”, disse Gabrielly. “Então, investimos no salão”.
‘Ex-moradores de rua’