Após fuga, Lewandowski afasta direção da penitenciária de Mossoró e coloca interventor

Após a fuga inédita de dois presidiários, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afastou na noite desta quarta-feira (14) a direção da penitenciária de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.


Lewandowski nomeou um interventor para comandar a gestão do presídio.


Deibson Cabral Nascimento (33) e Rogério da Silva Mendonça (35) escaparam do presídio de segurança máxima de Mossoró às 3h17 da madrugada, apurou a CNN. Os fugitivos escalaram uma das luminárias, tiveram acesso ao teto, cortaram a cerca e pularam. Ao contrário da penitenciária de Brasília, o presídio de Mossoró não tem uma muralha para contenção.


Os investigadores trabalham com a possibilidade de falha humana ou cooptação. Isso porque ainda não há respostas sobre como eles atravessaram pelo menos 3 portas – cela, corredor e pátio – e como burlaram o circuito fechado de câmeras de TV.


Dois integrantes do Comando Vermelho fugiram de uma prisão de segurança máxima no Rio Grande do Norte / Divulgação/Secretaria Nacional de Políticas Penais

 

Outras medidas

Mais cedo, Lewandowski mobilizou ao menos 100 agentes federais para trabalhar na captura dos fugitivos. O ministro também destacou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, para a “apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo”.


Lewandowski também informou que as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que reúnem agentes federais e estaduais, trabalham para localizar e prender os foragidos.


Segundo o comunicado da pasta, os nomes dos fugitivos também foram incluídos no Sistema Difusão Laranja, da Interpol, que tem por objetivo alertar autoridades de outros países sobre os riscos iminentes à segurança pública e no Sistema de Proteção de Fronteiras, o que indica que as polícias de outros países possam procurar pelos criminosos.


Veja íntegra da nota das medidas de Ricardo Lewandowski

1. Determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores, para a apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo.


2. Acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações e o deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos, ação que já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.


3. Ordenou a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos.


4. Instruiu a Polícia Federal (PF) para que efetuasse o registro dos nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol, bem como a sua inclusão no Sistema de Proteção de Fronteiras, para que sejam procurados pela comunidade policial internacional;


5. Mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que realize o monitoramento das rodovias sob sua jurisdição e dê suporte à recaptura dos presos.


6. Mandou que fosse realizada uma imediata e abrangente revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.


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