Levar o filho recém-nascido para tomar as vacinas do calendário infantil pode ser um desafio para os pais. Mas a vacinação, que dura apenas alguns segundos, pode proteger a vida da criança contra doenças graves e até a morte, como é o caso da vacina Pneumocócica 10-valente conjugada (VPC-10), incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) há 14 anos, e que segue disponível no Acre para todas as crianças de até um ano.
A vacina está disponível em grande estoque no Acre, mas a procura tem sido abaixo do estimado. Para se ter ideia, no ano de 2023, apenas 79,51% do público-alvo foi vacinado com a Pneumo10 em todo o Estado.
Ao separarmos por regionais, o Baixo Acre alcança a margem de 83,51% do público-alvo, enquanto no Alto Acre este percentual cai para 81,08% e o vale do Juruá alcançou apenas 71,96% do público-alvo. Os dados são do Programa Nacional de Imunizações no Acre.
“As baixas coberturas vacinais são o nosso termômetro de que nossas crianças não estão protegidas. O objetivo é que possamos passar pela doença sem sintomas ou com sintomas brandos”, esclarece Renata Quiles, coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunizações.
De acordo com o Ministério da Saúde, a utilização da vacina pneumocócica promove não somente uma redução expressiva dos casos de pneumonia e doenças pulmonares, mas também a redução de variações resistentes à penicilina. Ela é aplicada por meio de injeção e protege contra inflamação no ouvido e doenças graves causadas pelo Streptococcus pneumoniae, motivo de mortes no mundo todo.
Quando um bebê nasce, o organismo não possui defesas suficientes para combater infecções de origem externa, como vírus e bactérias. Logo, as vacinas são um importante instrumento para diminuir os riscos de doenças e possibilitando um crescimento saudável.
“A vacina pneumo10 está disponível gratuitamente pelo SUS. Então os pais que ainda não vacinaram seus filhos podem levá-los até uma Unidade Básica de Saúde com a carteira de vacinação, porque nesta época do ano é comum o aumento de doenças respiratórias e é preciso proteger as nossas crianças de complicações graves e até a morte”, finalizou Renata Quiles.